terça-feira, 18 de junho de 2013

A cara da manifestação em São Paulo

Protestar, verbo pouco utilizado e praticado em terras tupiniquins é, quem diria, a mais nova moda no país!

Pude ir a um dos grandes atos que estão rolando em São Paulo, mais precisamente o quinto, e tanto presencialmente quanto pelas redes sociais, notei vários tipos e estereótipos de pessoas entre os participantes, o que gera uma boa lista:

- o cidadão comum (aquele acomodado)
- o cidadão pasteurizado (que só foi porque passou na Globo)
- gente de classe social alta (aparentemente)
- gente de classe social baixa (aparentemente)
- idosos
- estudantes universitários
- trabalhadores em geral
- militantes partidários (que foram hostilizados)
- pessoas gritando "conhecidência"
- pessoas gritando "coincidência"
- gente que estava lá pelos 20 centavos
- gente que não estava lá pelos 20 centavos
- esquerdista clássico (camiseta vermelha)
- esquerdista true (que só ele tem o direito de protestar)
- esquerdista indie (que já protestava bem antes de virar modinha)
- gente sensata
- gente baderneira
- pessoas com a máscara do Guy Fawkes
- repórteres da Globo com o microfone devidamente deslogomarcado
- pessoas com a cara coberta (o que fere a Constituição)
- bloco da quadrilha caipira (sim, eu vi isso!)
- pessoas segurando cartazes com ótimas sacadas
- pessoas segurando cartazes com erros grotescos de português

O que não consegui identificar foram direitistas em geral, que ou estava em casa ou estava à paisana.

Isso mostra que o povo finalmente se uniu por uma (ou várias) insatisfação, o que realmente é lindo!

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Vantagens e desvantagens de trabalhar em casa

De uns dias pra cá, comecei a trabalhar de casa. Para a mesma empresa, porém sem ter que me deslocar até o escritório. O que, como diria Celso Russomanno quando fazia o que sabe fazer de melhor, é bom para ambas as partes, pois a empresa economiza com alguns benefícios que me dava (VT e VR) e eu economizo tempo para meus frilas.

Com isso, notei que há várias coisas boas e ruins nesse sistema de home office, e aí vai uma listinha delas:

+ Se livrar de pegar trânsito e/ou transporte público lotado
+ Poder acordar até meia hora antes de começar a trabalhar
+ Poder dormir assim que acabar de trabalhar
+ Trabalhar de pijama e chinelos 
+ Almoçar a comida da mamãe em dez minutos e ter cinquenta livre para fazer o que der na telha
- Perder algumas histórias que ocorrem na inda e vinda do trabalho
- Menos contato social true
- A cadeira que temos em casa na mesa do computador sempre dá dor nas costas
- Ouvir por tabela os funkies dos vizinhos de mau gosto (que todo mundo tem)
- O ronco da minha cachorra dormindo nos meus pés me desconcentra

Daqui umas semanas ou eu amplio essa lista, crio outro post complementar ou não faço nada e o assunto morre. Veremos.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

As melhores bandas cover da noite de SP

Como escrevi um post há muuuuito tempo atrás criticando duas bandas covers que vi num bar de São Paulo, esse vai para citar algumas que valem o deslocamento e a grana paga. O negócio tá meio ruim, pois não consegui encontrar muitas que sejam dignas desse destaque.

- Kiss Cover Brasil
Os caras são totalmente performáticos, o que vai desde a maquiagem até pirotecnia, e na parte musical não deixam a desejar. Tocam na pegada que o Kiss original leva em seus shows ao vivo e o timbre de voz do Gene Simmons e do Paul Stanley da vez são incrivelmente idênticos aos dos originais.

- Teenage Lobotomy
Tudo bem que tocar Ramones é "fácil", mas o que esses caras fazem chega a impressionar de tão idêntido, não só no som como no visual.

- Scenes of a Dream
Tocar Dream Theater não é pra qualquer um. Tocar bem então, menos ainda! Mas os caras dessa banda mandam muito! O timbre do vocalista é ali com o de James LaBrie e o instrumental é pau a pau com os originais, principalmente nos sons da fase Portnoy (tudo menos um disco =).

- The Best Maiden Tribute – BR
Essa foi citada no outro texto. Depois de uma separação dos caras do Children of the Beast (que eu AINDA não vi nenhum show depois do ocorrido), essa surgiu na mesma pegada e é outra que impressiona tanto quanto os Ramones aí de cima pela semelhança tanto musical quanto performática.

- Zoombeatles
Tirando o inatingível All You Need Is Love e o pra lá de competente Beatles 4Ever, a Zoombeatles é a que você encontra nos bares de classic rock a um preço bem acessível. As apresentações são musical e visualmente ótimas. É um dos poucos Beatles Cover que arriscam tocar "Oh, Darling" e mandam ela bem. 

Parei por aqui. Se alguém tiver sugestões é só mandar nos comentários. Se você tem uma banda cover e acha que ela deveria estar na lista, é só fazer o convite que eu vou conferir (se rolar uma vipada a casa agradece!)

quinta-feira, 21 de março de 2013

Ringo Starr, o beatle injustiçado

Brincadeiras à parte (como a camiseta das baratas), é mais comum ouvir pessoas dizendo que Ringo Starr é um mau baterista do que declarando gostar de Beatles.

Quando alguém faz um comentário do tipo, eu, como baterista, pergunto logo "por quê?". A resposta é basicamente a mesma: "ah, ele faz coisas muito básicas, não parece ser difícil fazer o que ele faz".

Eu costumava responder dizendo que um baterista que influenciou tantos outros não pode ser ruim, que certas coisas que ele fez nos discos dos Beatles não são assim tão fáceis, que tocar os outros instrumentos na banda também não é difícil e coisas do tipo. Depois de tantas conversas semelhantes, cheguei à conclusão de que o povo confunde um bom baterista com um baterista habilidoso, e isso são coisas completamente diferentes.

Um jogador de futebol habilidoso que não passa a bola e nem faz gol não joga em time nenhum, prova disso é que nenhum vencedor de freestyle se tornou profissional dos campos e nem das quadras. Na música é a mesma coisa, um cara habilidoso que só quer fritar trezentas notas por segundo se torna chato. Um polirrítmico que consegue tocar com cada membro em um tempo diferente, faz melodias desconexas que soam estranho a quaisquer ouvidos.

Resumindo, é preciso saber tocar para a música assim como é preciso saber jogar para o time, e Ringo sabia muito bem fazer isso. Realmente era (e ainda é) pouco habilidoso com as baquetas e menos ainda com a voz (e ainda é também), mas colocou cada nota de seus tambores tão bem que nem Mike Portnoy, baterista conhecido por sua habilidade, as modifica quanto toca as músicas de Ringo na Yellow Matter Custard, sua banda cover de Beatles.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Coisas que irritam no trânsito

Como fazia tempo postava por aqui, nada melhor do que uma lista para retomar o blog, e como tenho ido para o trabalho de carro há cerca de um ano, comecei a prestar atenção nas coisas que mais me irritam quando estou lá, entre o banco e o volante, o que rendeu uma lista até com explicações/justificativas. 

- Farol desregulado do carro de trás 
Deixa qualquer um temporariamente cego. 

- Taxistas, os "profissionais do trânsito", que se acham verdadeiros pilotos e donos da rua 
Fazem várias barbaridades e acham ruim quando alguém reclama. 

- Semáforos dessincronizados 
Simplesmente irritam, ainda vou cronometrar quanto tempo fico parado neles para ir ao trabalho. 

- Motoqueiros que passam no corredor buzinando quando o trânsito está parado 
Com os carros andando, é compreensível, afinal, o ser pode estar no nosso ponto cego, mas com tudo parado? 

- Desgraçados que colam na traseira 
O trânsito tem um ritmo, colar na traseira do carro da frente não vai fazer os demais andarem mais. 

- Desgraçados que andam feito uma lesma 
Como dito no anterior, o trânsito tem um ritmo. 

- Ônibus elétricos Então, o trânsito tem o tal ritmo, né? 
Eles não o acompanham, são largos pra cacilds e andam ocupando duas faixas, sem contar quando os chifres escapam e o motorista tem que descer pra recolocar. 

- Marronzinhos que, ao invés de ajudar na fluência do trânsito, preferem aplicar multas 
Já aconteceu de eu passar por um semáforo quebrado e, quinhentos metros depois, um ser desses estar preenchendo freneticamente seu bloquinho, mas ele estava só "educando" os motoristas, né?

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Revisar, tão importante quanto escrever

Quem já escreveu alguma coisa na vida sabe que não dá pra mostrar o texto pra alguém antes de ao menos relê-lo. É nessa relida que se pega principalmente erros de digitação, concordância, palavras que insistem em reaparecer num mesmo parágrafos e outras coisas do tipo. Mas do jeito que a revisão pode salvar um texto, ela também pode arruiná-lo. 

No meu caso, quando eu releio algo logo depois de ter escrito, vejo como se tudo estivesse perfeito, muitas vezes nem erro de digitação eu pego, mas vira-e-mexe eu resolvo mudar algo de lugar, e é aí que mora o maior perigo, e eu não sou o único que bate em sua porta. 

É quando se faz esse tipo de coisa que acontecem erros como o citado neste Erramos abaixo, da Folha de S.Paulo, que foi o primeiro jornal que assumiu suas bolas-fora numa seção, pelo que me lembro. 

TIRADENTES Diferentemente do que foi publicado no texto “Artistas ‘periféricos’ passam despercebidos”, à pág. 5-3 da edição de ontem da Ilustrada, Jesus não foi enforcado, mas crucificado. (7.dez.94) 

O que funciona bem para mim é revisar certo tempo depois que o texto foi escrito, coisa de um mês ou mais. Essa é, inclusive, a estratégia que eu uso quando escrevo contos ou (começo) livros, mas ela não rola para blogar, pois deixar um texto guardado por muito tempo acaba deixando ele datado, principalmente em relação à empolgação do momento em que ele foi escrito. 

E, só pra constar, esse texto não foi revisado e pretendo nem relê-lo para não ficar com vontade de arrumá-lo.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Minha vida tem um sério problema de timing

Eehh, acho que esse blog tem ficado muito pessoal, meio como era o conceito quando um cidadão teve uma ideia, digitou uns códigos html e criou o primeiro blog, mas como a ideia é escrever sobre o que vem à cabeça, vamos lá!

Esses dias me dei conta que timing não é algo com que eu costumo ter sorte. Para esclarecer, vou citar alguns exemplos. Você pode imaginar um "d'oh" do Hommer ao final de cada um.

Eu tinha uns doze anos, chega um amigo meu e diz:
"Pô, e a peneira do SPFC no campo aqui do bairro? Eles estavam precisando de goleiros e você é bem melhor do que qualquer um dos que foram lá, só que a peneira acabou ontem!"

Mais ou menos aos treze, escolhi estrategicamente um dia para faltar na escola. No dia seguinte, quando chego lá:
"Maluco, ontem teve aula de educação sexual e quem deu foi a substituta gostosa!"

Aos dezenove, mais ou menos, um chegado que era da mesma faculdade, mas não do mesmo curso:
"Cara, abriu um estágio lá no trampo, a bolsa é boa pra kct e trabalha só seis horas, só que fecharam a vaga semana passada"

Esses dias, no trabalho, volto do almoço e alguns minutos depois entram pela porta:
"Gente, vocês não sabem quem está lá embaixo no café! A Ellen Roche!"

E o que me fez concluir e prestar atenção nisso:
Chamo uma das garotas mais bonitas e interessantes que conheci para sair pela segunda vez e:
"Pô, Fernando, timing não é o nosso forte! Da outra vez que você me convidou eu namorava, aí fiquei um tempão solteira e você namorando, agora que você está solteiro eu estou começando um namoro..."

É, meu amigo, será que algum dia eu estarei no lugar certo e na hora certa? Aguardemos!