sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Revisar, tão importante quanto escrever

Quem já escreveu alguma coisa na vida sabe que não dá pra mostrar o texto pra alguém antes de ao menos relê-lo. É nessa relida que se pega principalmente erros de digitação, concordância, palavras que insistem em reaparecer num mesmo parágrafos e outras coisas do tipo. Mas do jeito que a revisão pode salvar um texto, ela também pode arruiná-lo. 

No meu caso, quando eu releio algo logo depois de ter escrito, vejo como se tudo estivesse perfeito, muitas vezes nem erro de digitação eu pego, mas vira-e-mexe eu resolvo mudar algo de lugar, e é aí que mora o maior perigo, e eu não sou o único que bate em sua porta. 

É quando se faz esse tipo de coisa que acontecem erros como o citado neste Erramos abaixo, da Folha de S.Paulo, que foi o primeiro jornal que assumiu suas bolas-fora numa seção, pelo que me lembro. 

TIRADENTES Diferentemente do que foi publicado no texto “Artistas ‘periféricos’ passam despercebidos”, à pág. 5-3 da edição de ontem da Ilustrada, Jesus não foi enforcado, mas crucificado. (7.dez.94) 

O que funciona bem para mim é revisar certo tempo depois que o texto foi escrito, coisa de um mês ou mais. Essa é, inclusive, a estratégia que eu uso quando escrevo contos ou (começo) livros, mas ela não rola para blogar, pois deixar um texto guardado por muito tempo acaba deixando ele datado, principalmente em relação à empolgação do momento em que ele foi escrito. 

E, só pra constar, esse texto não foi revisado e pretendo nem relê-lo para não ficar com vontade de arrumá-lo.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Minha vida tem um sério problema de timing

Eehh, acho que esse blog tem ficado muito pessoal, meio como era o conceito quando um cidadão teve uma ideia, digitou uns códigos html e criou o primeiro blog, mas como a ideia é escrever sobre o que vem à cabeça, vamos lá!

Esses dias me dei conta que timing não é algo com que eu costumo ter sorte. Para esclarecer, vou citar alguns exemplos. Você pode imaginar um "d'oh" do Hommer ao final de cada um.

Eu tinha uns doze anos, chega um amigo meu e diz:
"Pô, e a peneira do SPFC no campo aqui do bairro? Eles estavam precisando de goleiros e você é bem melhor do que qualquer um dos que foram lá, só que a peneira acabou ontem!"

Mais ou menos aos treze, escolhi estrategicamente um dia para faltar na escola. No dia seguinte, quando chego lá:
"Maluco, ontem teve aula de educação sexual e quem deu foi a substituta gostosa!"

Aos dezenove, mais ou menos, um chegado que era da mesma faculdade, mas não do mesmo curso:
"Cara, abriu um estágio lá no trampo, a bolsa é boa pra kct e trabalha só seis horas, só que fecharam a vaga semana passada"

Esses dias, no trabalho, volto do almoço e alguns minutos depois entram pela porta:
"Gente, vocês não sabem quem está lá embaixo no café! A Ellen Roche!"

E o que me fez concluir e prestar atenção nisso:
Chamo uma das garotas mais bonitas e interessantes que conheci para sair pela segunda vez e:
"Pô, Fernando, timing não é o nosso forte! Da outra vez que você me convidou eu namorava, aí fiquei um tempão solteira e você namorando, agora que você está solteiro eu estou começando um namoro..."

É, meu amigo, será que algum dia eu estarei no lugar certo e na hora certa? Aguardemos!

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O poder do querer é prejudicial


O título desse post se refere ao geral porque acho impossível que isso aconteça só comigo.

Querer muito algo geralmente afasta o seu objetivo de você, e isso se aplica a várias coisas, por exemplo:

O fulano quer muito um emprego na Ferrari, até que um dia ele é chamado para uma entrevista. A ânsia de trabalhar lá é tanta que ele se prepara com dias de antecedência, estuda a história da marca (que ele sabe desde sempre), o mercado que eles atingem, o perfil dos profissionais e compra até um gel novo pra passar no cabelo, mas quando esse dia chega, ele dá um aperto de mãos frouxo, fala um monte de abobrinhas, sua que nem um porco e o gel que ele comprou se mostra uma verdadeira manteiga, deixando o cabelo todo ensebado.

Claro que ele não passa nem para a próxima fase do processo seletivo, mas a entrevista que ele fez dias antes, numa empresa q ele nem conhecia, e foi sem nem fazer a barba, dá resultado e ele é chamado para começar imediatamente.

O mesmo acontece no campo amorrelacionamental (amoroso + relacionamento + sentimental).

O cidadão está muito a fim de uma garota, afinal, segundo seus olhos, ela desliza. Com muito custo, ele faz contato e ela retribui! Ele consegue se mostrar simpático, interessante, divertido e tudo o mais, e ela se mostra ainda mais simpática, interessante, divertida e tudo o mais do que ele sequer conseguia imaginar. Aí começa o problema, como chegar nela? Usa uma conversinha besta ou espera a coisa rolar naturalmente?

Das duas uma, ou ele usa a conversinha besta de modo esdrúxulo e a garota simplesmente diz não, ou deixa rolar naturalmente e a parada não acontece nunca. Aquela outra que ele nem ligava e convidou pra sair por não ter mais o que fazer? Essa vira namorada.

sábado, 4 de agosto de 2012

O esporte na TV e o sinal puro

Infelizmente a narração esportiva é um mal que domina o mundo. É uma pessoa responsável por falar o que você já vê e outro (ou outros) por comentar o que geralmente você não quer ouvir.

Galvões Buenos à parte, o maior problema das narrações é que elas encobrem todos os sons dos esportes, e uma das maiores diferenças entre ver um evento esportivo pela TV e ao vivo é justamente esse, o som.

A comunicação entre os atletas, tanto entre si quanto com seus técnicos, o som da bola sendo chutada, arremessada, cortada, rebatida, o impacto entre os atletas e seus adversários ou com o chão, o barulho estranho de uma contusão, o grito urrado de uma comemoração, tudo coisas que a gente não ouve assistindo pela televisão, a não ser que você tenha um sinal puro.

Sinal puro é o termo técnico para uma transmissão sem narração, onde você ouve todos esses sons descritos acima, mais a torcida e ainda outros mais difíceis de se descrever ou até de se notar.

Como ter o tal sinal puro? Só contando com uma falha na transmissão de algum canal estrangeiro, o que acontece frequentemente com a RAI, ou vendo os esportes menos populares da olimpíada pelo Terra. Nesse caso, corra, pois só resta uma semana para o fim dos jogos e então essa ótima opção voltará à dependência da RAI falhar.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

É complicado ter um blog...

...na forma que a ferramente foi concebida.

Hoje existem blogs que na prática são grandes portais, com várias subdivisões, estrutura de site e tudo o mais, mas como eles estão numa plataforma Blogger ou Wordpress, são ainda considerados blogs.

Esses aí são um sossego! Escritos de forma neutra ou com uma equipe para escrever pelo dono, geralmente têm textos mais informativos do que opinativos e quase nunca comprometem o autor. Mas aquele negócio mais intimista, recheado com opiniões pessoais, relatos do cotidiano, medos e vontades do blogueiro, como esse que vossa pessoesa lê, é um perigo!

Vira-e-mexe me pego escrevendo algo influenciado por uma situação que estou vivendo, mas às vezes me dá um estalo: se colocar o texto no ar, a pessoa que me fez chegar à tal situação o lerá e isso me exporá de forma injusta, podendo até ser interpretado como indireta ou como forma de atingir tal pessoa.

Isso causa várias modificações ou banhos maria em textos que geralmente nem chegam a ser publicados ou vão à luz tão modificados que nem lembram sua primeira forma.

Um dia, quem sabe, crio uma seção para publicar esses textos depois de terem seus temas esfriados.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Ansiedade, um problema que eu não tenho

Nada melhor do que ler para se inspirar a escrever, e lendo um blog de uma amiga, cheguei a um texto no qual ela se queixa por ser ansiosa, o que na grande maioria das vezes, eu não sou.

Certa vez, eu ia tocar num bar lá da Augusta. Estava na plateia com um amigo e a banda que abria o nosso show anunciou que a próxima seria a última música, então meu amigo vira pra mim e diz empolgado "e aí, já tá com aquele friozinho na barriga?". Eu só respondi que nunca rolou isso e ele ficou inconformado: "você não sente nada? Aaaaaahhh, que chato!".

Não tive muito a quem puxar na minha família, pois meu pai, se tem uma consulta médica marcada para dez da manhã, acorda às seis, faz o e toma o café da manhã e fica simplesmente esperando dar nova horas, que é "um horário bom pra sair e não chegar em cima da hora". No fim das contas, com o relógio passando um pouco das oito e meia, ele já está saindo. Quanto tempo demora de casa até o médico? No máximo meia hora.

Outro dia fui prestar um concurso público. Era recomendado chegar às oito da manhã, pois os portões se fechariam às oito e meia, então minha programação era acordar às sete, tomar café e sair, pois em vinte minutos eu estaria lá. Mas eis que, no meio do meu sono, sou acordado pelo meu pai me fazendo a seguinte pergunta: "Fernando... Fernando... você não perdeu a hora não?".

No tempo de eu esticar o braço para acender o celular e ver a hora, pensei numa pá de coisas:
- Será que o despertador não tocou?
- Como perdi a hora se o meu quarto está totalmente escuro?
- É, posso mesmo ter perdido a hora, afinal, fui dormir às 4 da manhã
- Tô com fome

Até que olho no celular e vejo que "já" eram cinco horas. Não lembro exatamente o que respondi, mas sei que disse algo de forma estúpida, me virei e tentei dormir novamente, o que foi impossível.

Acho que o que me fez ser assim foi justamente o fato de ver como o meu pai sofre com a sua ansiedade e como isso não o ajuda em nada, muito pelo contrário. Já até comentei com ele que é sorte ter um coração saudável, senão já teria partido pra outra faz é tempo.

domingo, 8 de julho de 2012

Como blogar e trabalhar ao mesmo tempo?

Desde o dia em que criei esse blog, uma coisa percebi: a frequência das postagens varia de acordo com o meu trabalho oficial, por assim dizer.

Quando publiquei o primeiro texto, fazia a função 1 na empresa X, e era uma beleza! Tinha post novo diariamente e qualquer besteirinha que via no dia-a-dia era o suficiente para me inspirar a escrever algo, mesmo que ninguém lesse, até o dia que passei para a função 2 na mesma empresa X.

Trabalho semi-novo pode não precisar do mesmo tempo de adaptação do que um zero quilômetro, mas ainda assim precisei me concentrar na nova rotina profissional por um tempo, o que fez o blog ficar meio de lado e acabou influenciando numa desempolgação e uma pausa de mais ou menos um ano.

Adaptado à já não tão nova função e inspirado por uma mudança significativa na minha vida, retomei a publicação de textos e foi a melhor fase do blog, tanto no conteúdo quanto na repercussão. Acabou que voltei para a função 1, o que não exigiu adaptação e logo em seguida entrei no passaralho (gíria que nunca tinha ouvido até então) da empresa e fiquei em casa por uns meses, o que me fez continuar escrevendo até que fui contratado na empresa Y para a função 3, completamente diferente da 1 e da 2, exigindo uma dedicação nem mais nem menos puxada, apenas diferente e o suficiente para tirar o meu foco do blog mais uma vez, postando esporadicamente um texto ou outro.

Agora acredito estar adaptado à tal função 3 na empresa Y e pretendo voltar a postar com certa frequência por aqui. Inspiração não falta, a única diferença em relação ao início do blog é que agora eu tenho que tomar mais cuidado com o que escrevo... confesso que quando ninguém lia, essa parte era bem mais fácil.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Fórmula Indy em SP, um show de gafes!

Quem se liga um pouco em automobilismo deve ter assistido à transmissão da Band do GP de São Paulo da Fórmula Indy, ou melhor, do Itaipava São Paulo Indy 300 Nestlé, nome oficial do evento que a emissora fez questão de pronunciar inteiro em todas as opotunidades possíveis.

Trinta e oito câmeras posicionadas pelo circuito para levar a você todos os detalhes da corrida! No papel seria ótimo, mas a primeira ultrapassagem mostrada foi apenas na sétima volta, e não era nada incomum eles focalizarem um carro quando o protagonista era outro, deixar acidentes e ultrapassagens sem replays ou com os piores ângulos possíveis. Isso porque o narrador-gagá chegou a dizer que as imagens seriam levadas à NBC (ou sei lá qual emissora norte-americana) para eles verem como se faz uma transmissão de corrida de rua, provavelmente servindo de exemplo negativo.

Sem contar que o microfone da Luiza Possi falhou magistralmente quando ela cantou o hino dos Estados Unirdo, o mesmo que ocorreu quando o chefão bandeirante deu a ordem para os pilotos ligarem os motores. O inglês dos repórteres entrevistando os pilotos também foi um show à parte.

Mas o senhor Luciano do Valle, o narrador-gagá, esse sim roubou a cena! Seguem abaixo algumas pérolas ditas por ele durante a transmissão:

"Leidis endi gentlemen, istarti iór engines". Ele quis dizer Ladies and gentlemen, star your engines.

"...os pilotos entraram com cuidado na gincana". Ele quis dizer chicane

"Itaipava São Paulo Indy 300 Nestlé. É 300 porque são 300 quilômetros". Ele quis dizer milhas

"...aqui no Ãnhambi". Ele quis dizer Anhembi

"o clima está aberto aqui na zona sul". Ele quis dizer norte

"Ráian-Rei-Ranter", "Raian Reirral", "Runter Reirral" (tudo com R de rato mesmo). Ele sempre quis dizer Ryan Hunter-Reay

"Dessa vez os caças estão vindo mais devagar... ...não estão mais devagar não, é que eu estava vendo no super-slow". Sem comentários

"Que pena o Barrichello. Bateu nas duas traves, em cima e embaixo". o.O

E pra fechar com chave de ouro, o pódio! Fizeram o Will Power beber um leite choco que a câmera nem pegou direito, depois foram os "famosos quem?" entregar os troféus, aí veio a cereja: gostosas genéricas embaladas a vácuo levaram as "champanhes" para os pilotos, que simplesmente não conseguiam tirar as rolhas... 

ROLHAS!

Alguém pelamordedeus avisa essa galera que a parada deve ser entregue já aberta aos caras!? 
Aaahhh, avisa não! A gente se diverte com isso! =)

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Conclusão: sou bipolar!

É incrível como opiniões podem variar em relação a uma mesma pessoa. Pegando a mim mesmo como exemplo, conheço pessoas que me acham:

- Tímido, porque fico vermelho quando ouço ou conto algumas piadas (o que não significa que eu esteja com vergonha)
- Desinibido, porque toco e subo no palco com a maior naturalidade

- Contido, por me segurar em certos momentos
- Cara-de-pau, por falar qualquer coisa pra qualquer pessoa em qualquer momento

- Organizado, por saber onde fica cada um dos meus cds, dvds, jogos, livros e afins
- Desorganizado, por deixar algumas roupas em cima de uma cadeira no meu quarto

- Pontual, porque quase nunca chego atrasado a um compromisso
- Atrasado, porque sempre chego mais atrasado em compromissos com pessoas que sei que são atrasadas

- Gastão, por pagar caro em coisas que eu gosto
- Mão-de-vaca, por não gostar de gastar dinheiro com coisas que não gosto

- Bem controlado financeiramente, por nunca ter usado limite, ter tido um cheque devolvido ou atrasado uma conta
- Um desastre financeiro, porque não guardo dinheiro de modo regular

- Feminista, por algumas mulheres que me conhecem
- Machista, por algumas mulheres que lêem esse blog

- Seguro, porque cumprimento numa boa o presidente da empresa
- Inseguro, porque recuo quando me deparo com uma mulher que desliza

- Nerd, por quem não é nerd
- Leigo, por quem é nerd

Enfim, se eu me empolgar mais a lista vai longe, e do jeito que é comigo, é com todos. Podemos enxergar uma alma gêmea em alguém que nos enxerga como o seu oposto. Se isso é bom ou ruim, sinceramente eu não sei dizer.

domingo, 1 de abril de 2012

Um simples momento de reflexão

Esse não é bem o tipo de texto que eu imaginaria escrever um dia nesse blog, mas como a ideia sempre foi redigir sobre qualquer coisa, posso fazê-lo com a consciência tranquila, tendo certeza de que não estou traindo o movimento.

VIra-e-mexe eu penso que as pessoas que não me conhecem bem podem tirar conclusões bem erradas sobre mim ao ler certos posts daqui, o que definitivamente acontece e, na maioria das vezes, eu não fico sabendo.

No geral, são dois tipos de reações negativas que chegam até mim: as agressive, sempre de anônimos machões, que falam o que quer e não têm coragem sequer de assinar seus nomes nos comentários, e as mais comedidas, feitas por pessoas que me conhecem e o fazem por provável desapontamento em relação a algum ponto de vista que expus nos textos.

Não posso fazer nada (e não ligo a mínima) em relação ao primeiro grupo, mas o segundo me preocupa, pois justamente por não me conhecer bem é que essas pessoas podem tirar conclusões precipitadas e pensarem que eu sou machista, infeliz, metido, inflexível, dono da verdade e uma infinidade de outras coisas, sem saber que eu sou extremamente sarcástico e que perco o amigo para não perder a piada (o que infelizmente já aconteceu), logo, escrevo qualquer coisa que venha à minha cabeça desde que se encaixe bem no texto, sem nunca me importar com o que vão pensar de mim... é, é bem aí que me dou conta de que eu me importo sim com o que algumas (mas bem uma ou outra mesmo) pessoas vão pensar de mim.

Bom, acho que esse é o preço de se ter um blog, você acaba se expondo e muita gente não capta o espírito da coisa. Só espero que as pessoas certas não o entendam da maneira errada.

Detalhe: esse texto não foi revisado e não será divulgado, somente postado.

sábado, 24 de março de 2012

A teoria da mulher deslizante

“Coisas Para Fazer em Denver Quando Você Está Morto”, esse é o nome do filme(co) que eu tirei a teoria do texto de hoje, onde, em certo ponto, o personagem de Andy Garcia chega junto a uma garota num bar (se eu não me engano) e rola um diálogo que, segundo a minha lembrória, é mais ou menos assim:

– Você está apaixonada?
– O que?
– Você está apaixonada? Porque eu acho que uma mulher apaixonada não deve ser incomodada. Então, você está apaixonada?
– É, digamos que existe alguém, e ele é doido por mim.
– É claro que ele é doido por você, você desliza!
- Deslizo?
- Sim, algumas mulheres andam, outras deslizam, e você desliza.
- Humm.
- Ele te deixa baqueada?
- Defina baqueada.
- Baqueada, quando você pensa nele você não consegue comer, nem dormir. Quando ele sorri, você esquece de todos os homens do mundo...
- Isso é impossível, nenhum homem é capaz disso.
- Mulheres que deslizam precisam de homens que as deixem baqueadas.

Aí ele fala que pode deixá-la baqueada, que só precisa que ela aceite seu convite pra jantar e blablabla.

Além de concordar com a parte que ele diz que mulher apaixonada não deve ser incomodada, notei que esse lance do deslizar realmente existe, mas não do jeito que ele fala no filme.

Eu sou um ser muito atento a tudo que acontece à minha volta, então olho pra maioria das pessoas que passam por mim, consequentemente, para as mulheres também. A maioria delas andam, mas algumas são tão graciosas que parecem deslizar, tipo propaganda de perfume, sabe?

Não sei se essas mulheres que deslizam realmente precisam de um baque, sei que elas me causam um baque e (momento confissão) eu geralmente acabo fazendo alguma coisa que as afastam de mim.

segunda-feira, 12 de março de 2012

E The Baseballs canta "Ai se eu te Pego"

A comunidade rocker está chocada! Santo deus! Apareceu um vídeo oficial do The Baseballs cantando "Ai se eu te Pego", de Michel Teló.

Pra quem não sabe do que se trata, The Baseballs é uma banda (mais precisamente uma boy band) alemã que pega os sucessos pop do momento e os fazem em versão rockabilly. Então você, que não conhece a banda, deve estar se perguntando "ué, então qual é o motivo da indignação?". Pois é, nenhum.

A banda já gravou Rihanna, Usher, Katy Perry, Pussycat Dolls, Jennifer Lopez, Robbie Williams, Beyoncé, Maroon 5, Alicia Keys, Lady Gaga, 50 Cent, Britney Spears, Backstreet Boys, Ke$ha, Will Smith e até Roxette. A versão de "Ai se eu te Pego" sequer foi gravada, o vídeo mostra os caras da banda cantando numa passagem de som, provavelmente para um momento de descontração com o público que, com certeza, foi à loucura em todas as vezes em que a brincadeira foi feita. E não rolou a versão "Oh if I Catch You", em inglês, não, foi em português mesmo.

Aí eu me pergunto qual é o demérito de Michel Teló em relação aos outros artistas que tiveram suas canções regravadas pela boy band alemã? Absolutamente nenhum! Muito pelo contrário, pois é um artista brasileiro, cantando em português que conseguiu estourar pela Europa para europeus. E isso não é pleonasmo, pois alguns podem dizer "Ah, mas Ivete fez um show no Madison Square Garden!", "Ah, mas Claudinha Leitte também lota casas de show pela Europa!". Ivete alugou o Madison Square Garden para fazer um DVD e encher o rabo de dinheiro aqui no Brasil, não duvido nada que os ingressos tenham sido distribuídos de graça nas comunidades brasileiras de Nova York. Claudia Leitte fez shows pela Europa, assim como várias outras bandas ou bandos tupiniquins, basicamente para as comunidades brasileiras com um ou outro gato pingado gringo.

Além disso, tenho certeza que tanto os fãs europeus do The Baseballs quanto os próprios caras da banda tenham pensado que nós, brasileiros, devemos ter ficados orgulhosos com a homenagem. Mal sabem eles que nós somos um povo tão culturamente preconceituoso, que odiou o vídeo.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Teorias do How I Met Your Mother - Tempo

Mais uma da série 'Teorias do How I Met Your Mother' que é simples e direta! Aliás, essa é tão simples e direta que eu só registrei a teoria em si, sem me recordar de qual personagem a falou e da situação em que foi dita.

A teoria diz que você não pode se comprometer com uma pessoa por um período maior do que o tempo que vocês estão juntos. Aí vão os exemplos:

Joãozinho e Mariazinha estão juntos há dois meses e Joãozinho inventa de fazer uma viagem para o litoral no próximo mês. No próximo mês é menos tempo do que eles estão juntos, então tá tudo certo!

Outro casal, Pedrinho (o do banheiro cheiroso) e Joaninha namoram há quatro meses e Joaninha sugere uma viagem para a Europa nas férias dos dois, que é daqui seis meses. Primeiro que Joaninha está se precipitando, segundo que eles terão problemas, pois o prazo para a viagem acontecer passa em dois meses do tempo que o casal está junto.

Claro que isso pode variar de pessoa pra pessoa, mas essa é uma medida bem segura no caso de surgir uma insegurança pra propor ou aceitar um compromisso com a pessoa com que estamos envolvidos ou nos envolvendo.

Aliás, no caso da viagem para a Europa, eu sugiro até dobrar esse tempo, pois aí é algo que envolve uma quantia razoável de dinheiro, gastos compartilhados entre o casal e tudo o mais que vem no pacote. Além disso, o problema maior é a convivência, pois em seis meses não se convive propriamente junto à pessoa tempo suficiente pra saber se dá pra aguentar passar dez ou quinze dias (ou melhor, 240 ou 360 horas) ininterruptas com o/a "amado/a".

Por um lado, isso pode funcionar meio que como um teaser para um casamento ou ajuntamento, mas por outro, pode acabar com tudo, pois você acaba sendo obrigado a conviver de uma vez só com certos defeitos e manias que seriam conhecidos aos poucos e, como tudo será jogado de uma vez nas suas costas, o impacto da decepção será enorme, ao contrário do que ocorreria sem a viagem ou se ela rolasse tempos mais tarde.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Estado de São Paulo, complicando a sua vida!

Minha carteira de habilitação está pra vencer, portanto é tempo de renová-la. Procurei nas internês qual é o procedimento para prorrogar a minha licença para dirigir por mais cinco anos e me espantei: o agendamento agora é feito pela internet, assim como para tirar ou renovar passaporte, porém, você não escolhe o horário, somente o dia. Sim, é um absurdo, mas como estou between jobs, "sem problemas", disse a mim mesmo.

Preenchi o cadastro, imprimi o comprovante de agendamento, que para meu positivo espanto tinha data disponível para o dia seguinte, e li as instruções, que diziam ser preciso levar apenas um comprovante de endereço (cópia e original) e a CNH. Recomendava-se chegar com dez minutos de antecedência e alertava que a tolerância era de dez minutos de atraso.

Havia algumas especificações sobre o comprovante de endereço, que exigia certas correspondências ou que fosse de parente, caso em que seria necessário documento original e cópia do tal parente. Como a única conta aqui de casa que está no meu nome é a da NET, levei ela mesmo, afinal também é uma empresa que oferece linha telefônica, apesar de eu não usufruir desse serviço. Dizia também que a foto seria tirada lá mesmo, tal como no caso do passaporte.

Chegando lá me deparei com um posto todo bonito, modernoso e com ar condicionado no talo, o que me agradou muito. Peguei a fila da triagem e quando a garota me chamou, fui até ela e disse "bom dia". Não obtive resposta.

Ela pegou meus documentos e disse que não era aceita a conta da NET a não ser que tivesse telefone. Ok, risco que eu assumi, beleza, mas ela disse que era necessária cópia da CNH, o que não estava especificado nas instruções, assim como não estava especificado que é necessário pagar uma taxa e fazer o tal do "exame médico". Vendo o site do Detran-SP, a impressão que se tem é que você chega lá e sai com a nova habilitação no bolso instantaneamente. No fim das contas, tenho que esperar três dias para reagendar, como se não tivesse cumprido com o meu compromisso de comparecer, e voltar com tudo de novo para provavelmente ser informado de que falta alguma outra coisa, provavelmente a foto.

O Estado até tenta modernizar os serviços ao cidadão, mas tropeça nas coisas mais simples. Custa deixar o desgraçado escolher a hora que lhe é mais conveniente? Custa passar todas as instruções de maneira clara? Tenho certeza que não, o que custa é justamente o contrário, é a falta de informação dada, que faz necessário mais funcionários contratados somente pra informar que você, o idiota, não está com todos os documentos e tem que perder mais horas de trabalho, o que felizmente não é o meu caso, e voltar outro dia.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Como montar uma banda

Fico fulo da vida quando vejo uma pessoa que quer montar uma banda e procura músicos que sejam tão fanáticos quanto ela a um determinado estilo.

Outro dia um cara chegou pra mim com a seguinte proposta: "estou montando uma banda de Power Metal e só tá faltando o baterista, porque tá difícil arrumar um que aguente o tranco, tá a fim?". Recusei instantaneamente. Primeiro porque o conceito de Power Metal de hoje se resume em tocar o mais rápido possível, com levadas de bateria somente com bumbo duplo e um cara que pensa que é uma soprano nos vocais.

Sem querer criticar o estilo, mas isso não me agrada, e me agrada menos ainda querer que uma banda já nasça dentro de uma fórmula manjada.

Para montar uma banda é preciso encontrar, antes de qualquer coisa, amigos. O gosto de cada um é o que menos importa, pois é a convivência que vai definir se a coisa funcionará ou não. Se todos se derem bem, souberem ceder e apresentar suas ideias, a chance de dar certo é muito grande, sem contar que provavelmente um novo estilo será criado e todos estarão felizes em colaborar com algo realmente próprio, sem limites e livre de classificações.

Prova disso é uma banda que eu fiz um frila chamada Lunatik. O gosto de cada músico ali é diverso, a forma de compor é bem democrática. O resultado? Canções bacanas de um estilo próprio que não tem classificação. Confira com os próprios ouvidos clicando aqui.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

As melhores introduções do rock!

Muitas músicas não têm introdução, começam já na paulada. Algumas têm um simples riff que se repete durante todo o tempo, outras começam só com uma virada de bateria, mas introdução mesmo é uma parada foda! É algo que te prepara pra o que está por vir, são praticamente as preliminares pra parte principal e, se for feita direito, te leva ao clímax no final! E aí vai uma lista das melhores introduções da hisória do rock, segundo minha opinião e memória!

Baba O'Riley - The Who

Prison Song - System of a Down

Hot For Teatcher - Van Halen

Painkiller - Judas Priest

Territory - Sepultura

2112 - Rush

Where the Streets Have No Name - U2

The Number of the Beast - Iron Maiden

Time - Pink Floyd

Perry Mason - Ozzy Osbourne

Yankee Rose - David Lee Roth

Sole Survivor - Helloween

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Panela feia é que faz comida boa!

É, meu caro, Sérgio Reis não estava totalmente certo!

E vamos começar com os avisos! Primeiramente, quero deixar claro que não estou falando de experiências minhas, isso é apenas uma teoria que foi tema de uma conversa de boteco com um amigo. Segundamente, antes que alguém me crucifique, é a natureza do ser humano tentar conseguir sexo a todo momento e, do mesmo jeito que os homens estão sempre atrás disso, as mulheres também estão. E, veja bem, estou falando unicamente de sexo, não de relacionamentos.

Enfim, conversa vai, Guinness vêm, o tema "performance sexual feminina" surgiu na mesa e um amigo soltou a seguinte frase: "mulher bonita acha que não precisa fazer nada para ser boa de cama, pois pensa que se garante só com sua beleza, então o sexo com ela será o mais convencional possível. Já a feia, sabe que é imprescindível ser marcante na performance, que precisa proporcionar ao cara coisas que a bonita vai ficar com frescura".

Ambas querem conseguir mais sexo com suas performances, tanto casual quanto definitivo (arrumar um namorado/noivo/marido), depende do que ela quer no momento, assim como esperam que o homem tenha muito tesão por elas, aí novamente entra a teoria: a bonita acha que o cara tem tesão pela beleza, a feia sabe que tem que despertar isso no cara de outra forma.

Fazendo uma pesquisa rápida e nada científica com amigos, concluí que no geral, realmente as menos providas de beleza são as que têm melhor performance, pois ao citar a teoria e pedir para pensarem no caso, apenas um não concordou, mas como a namorada dele no momento é bem bonita, talvez ele tenha mentido pra dizer que era um privilegiado.

No fim das contas, isso não significa necessariamente que toda bonita seja ruim de cama ou que toda feia seja boa. Nem que não se pode ter bom sexo com uma bonita e mau com uma feia. Talvez tenha sido só coincidência, mas se alguma bela moça quiser me provar que a teoria está errada, estou à disposição!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Tem certeza que já fomos mais inteligentes, Carlos Nascimento?

Ontem, no Jornal do SBT, o jornalista Carlos Nascimento, ex-Globo e cujo estilo sempre me agradou, fez a abertura, sem dúvida, mais comentada da história do jornalismo na rede do Silvio Santos, a qual vi pessoas dizendo que foi um verdadeiro tapa na cara, que finalmente alguém disse a verdade e até que não há mais nada a ser dito. Segue abaixo a transcrição integral da abertura:

"Boa noite. Olha, ou os problemas brasileiros estão todos resolvidos ou nós nos tornamos perfeitos idiotas, porque não é possível que dois assuntos tão fúteis possam chamar a atenção de um país inteiro. Primeiro um programa de televisão em que se discute um estupro, que por si só já é um absurdo, negado pelos dois protagonistas. Segundo, uma pessoa que ninguém conhece vira uma celebridade na mídia somente porque o nome apareceu milhões de vezes na internet. Luíza já voltou do Canadá, e nós já fomos mais inteligentes".

Primeiro, desde quando um estupro é algo fútil? É justamente pela gravidade do ato que está sendo tão discutido, e principalmente por ter sido transmitido ao vivo pela maior rede televisiva do país! O programa no qual o fato ocorreu é sim muito fútil, mas o ato e a discussão não são!

Segundo, repetir frases de propagandas pode até ser algo idiota, mas é feito no mundo todo e provavelmente desde a existência da publicidade! Quem nunca perguntou "quem bate?" com intonação inocente ao ouvir batidas numa porta e ouviu "é o frio" como resposta da pessoa que batia? Quem nunca olhou para um Fernando e fez o comentário "bonita camisa, Fernandinho"? Quem nunca respondeu "heeeeeinnn?" quando alguém lhe fez uma pergunta e ouviu o outro responder "vitrooola"? Para citar uma mais recente, quem nunca ao menos solfejou a melodia dos Pôneis Malditos?

Será que discutir o absurdo de um estupro mostrado em rede nacional e citar a fala de um comercial é realmente um sinal do emburrecimento da população brasileira? Eu acho que não.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Teorias do How I Met Your Mother - Escala Hot/Crazy

Uma das teorias mais legais e certeiras da série também é, provavelmente, a mais difícil de ser explicada. Por isso esse será o primeiro texto do blog a conter uma imagem! \o/

A escala Hot/Crazy é o seguinte: toda mulher tem um nível de gostosura e um de loucura. Essa escala nada mais é do que uma maneira de equilibrar essas duas coisas de forma que, se a dita-cuja for louca, ela tem que ser equivalentemente gostosa.

Para exemplificar, Barney, o personagem da foto, apresenta um gráfico onde a linha vertical é o nível de gostosura e a horizontal o de loucura. Quanto mais gostosa, mais pra cima você marca e quanto mais louca, mais para a direita. O ideal é o ponto de encontro dos níveis ser acima da linha amarela, que é o equilíbrio perfeito. Se fica um pouco para baixo, ainda pode valer a pena arriscar, mas se chegar perto da área vermelha, é extremamente arriscado!



É, até que não foi tão difícil assim... se bem que sem a imagem seria quase impossível. Bom, o que importa é que se deve sempre ponderar esse tipo de coisa, pois se envolver com uma garota que tem Crazy Eyes é problema na certa. Ah, e vale para mulheres também!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Se quero comer carne, ter religião e ouvir funk, é problema meu!

Algumas pessoas querem que o mundo siga as suas ideologias, religião ou gosto musical. Por um lado, esse é um sentimento muito nobre, pois se achamos que agir de maneira x vai melhorar a nossa vida, esperamos o mesmo para o próximo, mas nada nobre é a maneira com que essas pessoas tentam atingir os demais, e as redes sociais estão infestadas de exemplos.

Veganos (um tipo de vegetariano mais radical e mais ativista) vivem postando fotos de seres humanos no lugar de comida dizendo que carne é carne, fotos de leitões sendo despejados aos montes escrito que se fossem cachorros nos sentiríamos chocados e outras coisas do tipo. Discutir? Besteira, eles conhecem todas as respostas o suficiente para rebatê-las com outro argumento idiota. Mas pior ainda são os carnívoros que endeusam o bacon como provocação aos veganos.

Católicos postam fotos de santos com mensagens positivistas, evangélicos citando apenas Jesus. Legal, com isso eles não criticam e nem pedem a conversão de ninguém, mas os ateus, não contentes, estão começando a encher o saco criticando os crentes com "frases de efeito". O bom senso passa longe.

Rockeiros postam comparações idiotas com letras de clássicos do gênero com funks cariocas, como se a diferença entre ambos fosse apenas no conteúdo dos versos, e sentandos em cima de seus rabos, pois há muitas bandas famosas e endeusadas com letras esdrúxulas, inclusive com conteúdos semelhantes. Aceitar o gosto do vizinho, por pior que possa ser considerado, nunca, né?

Existem outros exemplos, mas em todos os casos há algo muito simples
em comum: a falta de respeito com o próximo. Sem contar que, por mais que se tenha certeza de que você está certo e todos estão errados, é muita burrice querer que todos ajam como você. Se eu quero comer carne, ter alguma religião e ouvir determinado tipo de música o problema é unicamente meu! Deal with that!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Motivos para não começar um relacionamento

Quando estamos a fim de alguém, há certas coisas que fazemos simplesmente por querermos que a pessoa nos ache tão interessantes quanto achamos ela, ou que relevamos pelo fato de vermos um futuro bacana ao seu lado, mas dependendo do grau que isso é feito, pode resultar num tremendo tiro no pé. E para ilustrar isso, nada é mais objetivo do que uma lista com exemplos e comentada!

- Fingir interesse por algo que a pessoa goste e você não liga a mínima.
O cara comentou sobre um jogo de videogame, a menina sobre uma série de adolescentes cantores afeminados. Não finja que ficou com vontade de jogar game citado ou que você suportaria assistir o box da primeira temporada de mãos dadas no sofá. O problema aqui nem é fingir gostar de algo que não gosta, apenas demonstrar interesse já é carregar uma arma e mirar no dedão, pois logo mais a sua verdadeira opinião sobre o assunto será revelada e a pessoa saberá que você mentiu, mesmo que de leve.

- Deixar de lado algum valor moral.
Se interessar pela ex de um amigo. "Mas ela é tão legal, gosta das mesmas coisas que eu, me entende, ri das minhas piadas, eu rio das dela...". Se você quer algo sério com essa menina, arque com as consequências de perder um amigo e de ser julgado pelos outros, pois se depois de uns meses você perceber que não consegue conviver com isso, vai ser uma choradeira pros dois lados.

- Relevar defeitos que suas ou seus ex tinham.
São coisas que se percebe relativamente rápido. "O fulano vive abraçando suas amigas, o que meu ex também fazia e me irritava profundamente". "Beltrana não consegue chegar a nenhum compromisso sem no mínimo uma hora de atraso, tal como minha ex". Pare por aí. Errou uma vez, beleza, você assumiu o risco e depois assumiu também que não conseguiu suportar, mas insistir no erro você já sabe o que é.

- A pessoa não ter um perfil/gosto semelhante ao seu.
Você é metaleiro, mas a menina gosta de sertanejo universitário, além disso, ela é baladeira, e você, caseiro. A não ser que você seja mente aberta a ponto de ser muçulmano e ter um filho gay que leva o namorado na sua casa, assumir um relacionamento desses é ativar a contagem regressiva de uma bomba nuclear.

Há mais exemplos, que deixariam o texto muito longo (talvez depois eu faça uma parte dois). Mas, no fim das contas, nada é melhor do que sensatez e sinceridade tanto para com os outros quanto para consigo mesmo.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Teorias do HIMYM - Clichês em términos de relacionamento

Num dos episódios da série, Robin, a minha alma gêmea (isso merece um post próprio), passa por um problema: ela tem que terminar um relacionamento, e com isso, alguns clichês são citados. Não precisa analisar muito pra se perceber que é incrível como eles são usados em larga escala por todos, e aí vai a lista (na ordem citada na série) com alguns comentários.

- "Não existe um jeito fácil de dizer isso"
Verdade, se existisse o mundo seria um lugar bem melhor.

- "Nós precisamos conversar"
Ninguém fala isso de graça. Se a pessoa com quem você tem um relacionamento há seja lá quanto tempo vira pra você e manda essa, batata, ela quer terminar.

- "Nós dois precisamos de algum espaço"
Nós dois, não, cara-pálida! Não vem jogar a culpa pro meu lado não!

- "Não é com você, é comigo..."
A pessoa fala isso, mas sempre lança defeitos seus na roda.

- "Eu sei que isso machuca"
Se já passou por isso, realmente sabe, mas poderia ao menos ter pensado numa forma mais honesta.

- "Você merece alguém melhor que eu"
Inverta as pessoas que você encontra o que ela realmente quer dizer.

- "Estou tentando me focar na minha carreira agora"
Aham, e enquanto você trabalhar nessa vida não vai se relacionar com ninguém? (O mesmo vale para 'estudos' no lugar de 'carreira')

- "Espero que continuemos amigos"
Ah, essa é a pior de todas! A pessoa está te dando um pé na bunda e você ainda tem que aceitar a ideia de continuar falando e convivendo com ela como se vocês nunca tivessem tido nada antes. Se isso não bastasse de alguém que a melhor coisa que poderia acontecer era sumir do mundo, provavelmente você a verá se interessar por outra pessoa e, mesmo que isso não aconteça, não vai se livrar nunca desse passado e vai acabar com um carma na sua vida! E não importa se você já está em outra. Mas o pior é que continuar sendo amigo é algo que ela também não vai conseguir cumprir.

Logo, o melhor a se fazer é ser sincero, não dar desculpas, nem esperar compreensão. Amizade? Impossível, só depois de alguns anos sem nenhum contato, e olha lá.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Nenhum show deveria ser feito em estádio

Nesses meus quase trinta anos de idade, fui em inúmeros shows de artistas/bandas dos mais variados estilos, porte e popularidade, realizados desde muquifos a estádios de futebol, e uma coisa eu constatei: show em estádio nem deveria existir.

Se for considerar só o gramado, beleza, é como se fosse um local aberto qualquer onde quem fica na frente (no aperto) vê tudo e quem fica atrás o faz porque quer, mas chega a ser injusto os caras venderem os lugares das arquibancadas, cadeiras ou qualquer setor que seja dos que normalmente se assiste a partidas de futebol.

Ainda que o valor fosse baixo, assistir um show de uma arquibancada é no mínimo brochante. Eu simplesmente não consigo entender como pessoas se sujeitam a pagar pra ver seu artista preferido a mais de cem metros de distância, tendo que acompanhar o que acontece no palco pelos telões, que nem sempre são razoáveis, e ainda ouvir um som de qualidade péssima, que varia a equalização de acordo com o vento e que ainda por cima chega atrasado em relação ao que se vê no palco.

Mas, tudo bem, os baixinhos dizem que na pista eles não enxergam nada (como se da arquibancada enxergassem algo), mas uma coisa é fato: não há tecnologia no mundo que faça o som chegar ao mesmo tempo nas arquibancadas, é física, simples assim, e o cara passa tudo isso sentado num assento muito do desconfortável e sem se envolver com a atmosfera do show.

Os melhores locais para shows maiores são os ginásios esportivos, que em São Paulo só tem o do Ibirapuera, que há séculos não recebe eventos do tipo, salvo os shows do RRC*, então acabamos sem muitas alternativas. Mas ainda que tivéssemos um Staples Center por aqui, tenho certeza que ele concorreria com um Credicard Hall/Via Funchal da vida, e temo que acontecerá isso com o puxadinho que o SPFC fará no estádio do Morumbi.

Como sempre digo, para ver um show das arquibancadas, prefiro comprar o dvd do artista e assisti-lo em casa, no conforto do meu sofá, com som de qualidade no dia e na hora que eu quiser.

*Rei Roberto Carlos =)