Quem já escreveu alguma coisa na vida sabe que não dá pra mostrar o texto pra alguém antes de ao menos relê-lo. É nessa relida que se pega principalmente erros de digitação, concordância, palavras que insistem em reaparecer num mesmo parágrafos e outras coisas do tipo. Mas do jeito que a revisão pode salvar um texto, ela também pode arruiná-lo.
No meu caso, quando eu releio algo logo depois de ter escrito, vejo como se tudo estivesse perfeito, muitas vezes nem erro de digitação eu pego, mas vira-e-mexe eu resolvo mudar algo de lugar, e é aí que mora o maior perigo, e eu não sou o único que bate em sua porta.
É quando se faz esse tipo de coisa que acontecem erros como o citado neste Erramos abaixo, da Folha de S.Paulo, que foi o primeiro jornal que assumiu suas bolas-fora numa seção, pelo que me lembro.
TIRADENTES
Diferentemente do que foi publicado no texto “Artistas ‘periféricos’ passam despercebidos”, à pág. 5-3 da edição de ontem da Ilustrada, Jesus não foi enforcado, mas crucificado. (7.dez.94)
O que funciona bem para mim é revisar certo tempo depois que o texto foi escrito, coisa de um mês ou mais. Essa é, inclusive, a estratégia que eu uso quando escrevo contos ou (começo) livros, mas ela não rola para blogar, pois deixar um texto guardado por muito tempo acaba deixando ele datado, principalmente em relação à empolgação do momento em que ele foi escrito.
E, só pra constar, esse texto não foi revisado e pretendo nem relê-lo para não ficar com vontade de arrumá-lo.
2 comentários:
Ótimo, eu estava mesmo precisando ler algo do tipo, até porque eu sempre tenho amigos leitores dispostos a revisar meus textos, que sempre aparecem com muitos erros, e tudo mais.
Agora é só eu me lembrar de pedir para eles lerem antes de postar :)
Ou de esperar umas duas ou três semanas antes de postar, hehe
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