terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Profissão: herdeiro

Se você não está por dentro de como funciona o sistema de direitos autorais, é o seguinte: existem duas leis base, a inglesa, que considera a data de lançamento da obra, e a francesa, que leva em conta a morte do autor. A legislação brasileira se inspira na francesa: o direito permanece ao autor por toda a sua vida e mais setenta anos nas mãos de seus herdeiros.

Aí você pensa "pô, nada mais justo do que o artista deixar um legado aos seus filhos!". Sim, como todas as leis no Brasil, o princípio é nobre (acho), mas pena que quem usufrui delas são brasileiros.

Vamos começar com um simples exemplo: se Fulano funda uma pequena empresa, com todo o seu empenho e talento, essa empresa se torna bem lucrativa e Fulano vem a falecer, Fulano Jr. tem que, no mínimo, ter alguma competência pra tirar proveito dos feitos do pai. Se quiser ganhar grana a valer, terá que ralar tanto ou mais que o falecido Fulano, senão leva o negócio à falência. Mas se o sr. Fulano criou algumas obras (quadros, livros, poemas, músicas, ilustrações, rabiscos ou qualquer coisa considerada arte), Júnior só precisará de uma coisa pra encher a retaguarda de dinheiro: ser um oportunista de merda.

Se o falecido pai cobrava x reais pela reprodução de sua obra, o filho cobra x vezes 3, vezes 5, vezes 10. A viúva cobra x vezes 5, vezes 10, vezes 20. A amante, que nem tem os direitos legais, cobra x vezes 10, vezes 20, vezes 30.

É um direito do herdeiro pedir quanto quiser? Sim, claro! Mas existe uma coisa chamada mercado, e o mercado pratica um preço (cobrado por agências e, olha só, autores), mas o herdeiro sempre vai superfaturar a coisa. Ele teve algum mérito? Nenhum, só deu sorte de ser filho ou ter casado com um artista bem sucedido.

São esses herdeiros que impedem a produção de filmes baseados em livros de autores falecidos, que não deixam bandas seguirem usando o mesmo nome e tocando as músicas que elas fizeram com pai que já não está mais entre nós, que impedem também o acesso de crianças às obras de seus pais em livros didáticos cobrando valores estratosféricos pela reprodução das mesmas, entre outros absurdos.

Claro que há herdeiros que cobram preços ok, assim como aqueles que têm suas próprias vidas e competências, sem viver na sombra de seus pais famosos e que muitas vezes até incentiva o uso das obras, assim como há artistas que supervalorizam seu trabalho tornando-o inacessível pelo mesmo motivo citado no parágrafo acima, mas generalizando só um pouco, é isso.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Ringo (not so) Starr toca em São Paulo

Depois de ter perdido a oportunidade de ver o beatle vivo que me restava na primeira vez que ele veio ao Brasil, em 2011, decidi não deixar pra uma terceira e comprei o ingresso num preço bem bacana com alguns meses de antecedência, e o show foi tão estranho que acabou virando post aqui no Redigindo.

Vale ressaltar que, de quando deixei de ir no show de dois anos atrás até ontem, não quis saber nada sobre o espetáculo, que músicas rolavam, se o setlist era composto por apenas músicas dele, se rolava tudo que ele cantou nos Beatles ou alguma música aleatória da banda, enfim, queria que tudo fosse inédito e totalmente livre de spoilers.

Com pontualidade não muito britânica, Ringo Starr e sua All Star Band entraram no palco e logo na quarta música já se entende o porquê da banda cheia de astros da música. Composta atualmente por músicos do Santana, Toto, Mr. Mister e David Lee Roth, Ringo foi para a bateria, apresentou Todd Rundgren, guitarrista que já tocou com meio mundo, e a banda tocou uma música do cara, que apresentou outro músico e tocaram uma música da carreira do apresentado, e assim por diante, excluindo músicas do David Lee Roth.

Apesar de Ringo praticamente dublar a bateria (Greg Bissonette que levava tudo o tempo todo e com a bateria de Ringo a menos da metade do volume que a de Greg), achei bacana, o cara estava mostrando que sua banda fazia jus ao nome, mas das 24 músicas apresentadas na noite, 13 não eram de Ringo ou dos Beatles, então o que no começo foi legal acabou sendo uma grande enrolação e, o pior, mas pior de tudo mesmo, não tocaram Octopus's Garden, uma das músicas mais bacanas e emblemáticas que ele cantava nos Beatles e uma das somente duas que ele escreveu enquanto estava na banda.

Não bastasse a enrolação, Ringo desce bons dois tons pra cantar algumas de suas músicas da época dos Beatles, o que acaba por descaracterizá-las mais ainda, já que a banda as toca com arranjos bem diferentes dos originais.

Pra fechar com chave de cocô, Ringo acabou o show e não voltou para um bis, que foi pedido pelo público. Sobre isso, só tenho uma coisa a dizer: em todos esses anos nessa indústria vital, essa é a primeira vez que isso me acontece.

Não que o show tenha sido ruim, mas os desavisados e musicalmente deslocados foram lá esperando ouvir "Twist and Shout", os mais ligados esperavam, no mínimo, todas as músicas da fase Beatles e algumas de sua carreira solo. Salsí-fufú pra todos, meu nego!

Fatos do show:
- Ringo é miúdo. Quando entrou no palco foi até difícil achá-lo
- Ringo não dança no ritmo
- O som poderia estar mais alto
- O Credicard Hall é péssimo, desde a localização até a sinalização geral
- Saí do show com uma música do Toto na cabeça
- Em sua própria banda, Ringo não é nem The Drummer 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Nova York por um paulistano

Estive em Nova York na primeira quinzena de setembro turistando nível extreme com minha respectiva e tive tantas impressões da cidade que daria pra montar um blog só sobre ela, mas vou tentar resumir tudo num post de tamanho médio.

Pra ficar organizado, vou fazer tópicos.

Embarque/chegada
O funcionário da companhia aérea te faz zilhões de perguntas, quem, quando e onde foram feitas suas malas, onde elas ficaram, se contém certas coisas e blablablá. Tirando isso o embarque foi sussa, tal como o desembarque. O sistema da imigração estava lento bagarai, então a funcionária ficou puxando conversa no melhor estilo free talker, passamos sem qualquer questionamento, todo mundo super educado e atencioso.
Fomos para o ap que alugamos de metrô, que merece um tópico próprio.

Metrô
Feio, sujo, com linhas zoneadas, mas com ar-condicionado... nos trens, porque nas estações é um calor e abafamento só! A maioria não tem sequer escadas rolantes, imagina elevador, então calcule o nosso trampo em ter que subir e descer algumas boas escadas com as malas da viagem. Enfim, é ruim, mas é bom, pois vai pra tudo que é canto. O melhor de tudo é que funciona bem, pois nunca o vimos lotado (no máximo cheio) e tem várias soluções pra que isso não aconteça, tanto fixas quanto momentâneas.

Trânsito
Caótico. Sempre com congestionamento, mesmo com a grande maioria das pessoas utilizando o metrô. Os semáforos são meio loucos, pois quando abrem para os pedestres, abrem também para os carros fazerem conversões, então vira uma certa zona, pois os motoristas devem esperar as pessoas atravessarem, então travam o trânsito atrás deles, o que gera várias buzinadas.

Comida
Você encontra de tudo pra comer lá, de junkie food (claro), a comida francesa. No geral não é caro, gasta-se em média 10 dólares numa refeição ok, seja comida ou lanche.

Clima
Quando estivemos lá estava ok, de 18 a 29 graus, mas você não sua feito um porco (a não ser nas estações de metrô) e sua roupa fica sem cheiro ao final do dia, bem diferente de São Paulo, que quando se chega em casa dá vontade de jogá-la no lixo.

O povo
O nova-iorquino não é o estadosunidense padrão. É magro, come razoavelmente bem e faz exercícios. No geral as pessoas são extremamente educadas, algumas vezes, enquanto olhávamos mapas, nos perguntavam se precisávamos de ajuda. O engraçado é que eles não podem ver água acumulada em lugar nenhum que jogam moedas.

Coisas pra fazer
O lugar tem uma caralhada de lugares pra visitar, de pontos turísticos padrão, como edifícios, monumentos e parques, a museus, atrações especiais e atividades. Pra entrar, a maioria é paga, mas os museus públicos funcionam no sistema de pay as you wish, que se você quiser pagar um centavo, eles aceitam, para o resto a média é de 20 a 25 dólares, seja pra subir no Empire State ou pra fazer um tour num estúdio de TV.

Compras
Existem os shoppings de outlets, que ficam fora da cidade, mas que valem muito a pena. Em Manhattan tem coisas bem baratas (brinquedos em geral, eletrônicos, instrumentos musicais, roupas em liquidação e outras promoções), coisas que têm o mesmo preço do Brasil (games, calçados, roupas de marcas esportivas, comida) e coisas mais caras (tênis All Star e outras coisas de marcas que são fabricadas também no Brasil).

Embarque/volta
Despachar as malas foi meio confuso, cada funcionário que falamos deu uma informação, mas foi tranquilo, sem nenhuma das perguntas que tivemos que responder em Cumbica. Todos os funcionários da áera de embarque eram mal humorados e mal educados. Passar no detetor de metais (que era um raio-x de corpo inteiro) foi um cu! Quase mandei a mulher à merda.

No geral, Nova York cheira a pretzel ou carne de sanduíche, tem som de buzina e britadeira, é suja em certos lugares e limpíssima em outros, não tem quintais (os arranha-céus começam nas calçadas) e tem gente de tudo quanto é etnia.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Porquê Ben Affleck não pode ser Batman

A notícia que parou o mundo nerd/cinematográfico/quadrinesco, cuja reação foram milhões de narizes tortos, independente do nível de conhecimento de quem a ouviu sobre os temas supracitados foi essa: Ben Affleck será o novo Batman.

As reações internet afora sobre a escolha já indica que foi uma infelicidade do estúdio por diversas razões, afinal o rapaz conseguiu ser odiado pelos fãs do Demolidor, e olha que quem gosta de Demolidor gosta de qualquer coisa!

Aliás, o fato de ele já ter interpretado um herói no cinema faz muita gente olhar atravessado. Certas coisas são complicadas de se misturar, pois papel no qual o personagem já é consagrado marca o artista. Seria o mesmo que colocar o Daniel Craig pra fazer, sei lá, o Capitão América, a expectativa seria de que a qualquer momento ele soltaria um: "meu nome é Bond, James Bond" e jogaria o escudo com o tema do 007 tocando ao fundo.

É meio que consenso que o Ben Affleck tem cara de bobo (até a meia-cara do Demolidor ficou de bobo), como que ele teria pegada pra fazer um personagem que, mesmo fantasiado de morcego, impõe respeito até ao Super-Homem, em tese o ser mais forte e tchananã do planeta?

Ben Affleck é uma pessoa muito bem relacionada, isso todos sabemos, mas um cara que fez basicamente filmes de comédia e que sua melhor atuação foi interpretando ele mesmo numa zueira no programa do Jimmy Kimmel, tem tudo pra dar errado como Batman, e já vimos esse cenário antes com um tal de Michael Keaton, né? 

Duas esperanças para ser um bom Batman: ter o Matt Damon como Robin, que já viraria galhofada e todo mundo encararia como comédia (o Super-Homem que se lasque), ou ser um Batman bundão que vai tomar um couro do Super, pois seria um Batman que ninguém gostaria de qualquer jeito e não seria legal queimar um ator fodão com isso.

Espero que ele queime minha língua com sua atuação, mas acho bem difícil.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Clipes legais de músicas chatas

Existem várias músicas chatas que acabamos achando legaizinhas por acompanharem um clipe bacana. Nessa mesma pegada, tem bandas e músicas que valem a pena ver os clipes sem nem prestar atenção no que sai das caixas de som, e aí vai uma lista contendo os dois casos.

"Life In Technicolor ii" - Coldplay

"The Hardest Part" - Coldplay

Qualquer uma do OK Go

"My Humps" - Black Eyed Peas (tá, esse é só pela Fergie, que nunca mais apareceu bonita na vida!)

"Rock DJ" - Robbie Williams

"Open Your Eyes" - Snow Patrol

"Push the Tempo" - Fatboy Slim

"Hey Ya!"- OutKast (que o clipe não existiria se não fosse o da "Coming Up", do Wings)

"Mandrake E Os Cubanos" - Skank (que a música não existiria se não fosse a Coming Up, do Wings)

"Stan"- Eminem (coloquei a versão curta, afinal, a música é chata ;-)

"Olhos Certos" - Detonautas (desconsidere a parte deles no estúdio)

"Segredos" - Frejat

Tem sugestões? Deixa aí nos comentários que provavelmente logo mais sai outra dessas!

Esse post teve a colaboração de Shinkoheo!

sexta-feira, 21 de junho de 2013

A coisa está ficando preocupante...

Tá certo, o aumento das tarifas do transporte público foi a já famosa gota que faltava para "o povo acordar" ou "o gigante despertar", escolha o termo que mais te agrada.

Vendo e participando da coisa toda, notei que dá pra classificar os episódios em três atos:
- Até o dia 13
- Entre os dias 14 e 17
- Depois do dia 17

- Até o dia 13
O MPL era um movimento conhecido por poucos, motivo de piada por alguns e nada para a maioria. Organizaram manifestações exigindo o retorno da tarifa para 3 reais. Pessoas se juntaram à causa, que foi crescendo. A mídia seguia classificando as manifestações como arruaceiras, frequentada por marginais, comunicando a violenta atuação da polícia militar como correta, pois estava somente atirando balas de borracha e bombas em vândalos. Mas no dia 13 a mídia apanhou.

- Entre os dias 14 e 17
A atuação da PM foi tão errada, mas tão errada, que mobilizou população e mídia contra ela. Choveram críticas ao estado. A população um pouco mais antenadinha foi às ruas, a polícia, não. A passeada do dia 17 foi pacífica e enoooorme, e a mídia fez questão de dizer que era apartidária. No geral até era, pois a grande maioria presente não representava nenhum partido ou tinha ideologia política declarada, era simplesmente povo. 

- Depois do dia 17
Dia 18 teve outra manifestação organizada pelo MPL, muita gente que foi no dia 17 deixou de ir nessa por diversos motivos, mas muita gente que não foi no dia 17 e viu pela TV aquela coisa bonita, tudo na mais santa paz, sem polícia, sem baderna (salvo em frente ao Palácio dos Bandeirantes, que já era um grupo pequeno e que pouco foi mostrado) resolveu fazer parte daquilo e o ato do dia 18 era a oportunidade. Gente que estava mais preocupada em escolher a roupa que ia do que em saber algo sobre o MPL ou em qualquer outra coisa que o fizesse ter um motivo plausível para estar ali.

Foram os alienados políticos, e foram os baderneiros (a turminha que caça briga em balada) se juntar à turma dos dias anteriores. Alguns dizem que tinha gente implantada, disfarçada, contratada pela direita e coisas do tipo. Pode ser, mas também há muita teoria da conspiração nessas acusações.

A mídia fez questão de dizer o tempo todo que era uma manifestação pacífica, apartidária, que quem depredava era uma minoria que a grande massa era contra. Um jeito de manipular a massa, mas isso é assunto pra outro texto.

A tarifa foi revogada no dia 19, então a manifestação que já estava marcada para o dia 20 virou "comemoração" (um erro na minha opinião), ou seja, só festa! O clima na avenida Paulista era de quermesse, tinha sanduíche de pernil, sambão, paquera e, se bobear, até vinho quente, mas teve também briga. "Apartidários" expulsando militantes de partidos da esquerda, gente exigindo a cassação do inFeliciano, a renúncia do Renan, o impeachment da Dilma, a redução da tarifa para 2,80, o fim da corrupção, a saída da FIFA, gente contra a PEC 37 ("o que? Isso vai aumentar a roubalheira!? Ah, sou contra!"), enfim, festinha sem motivo, e a galera da ornganização do MPL deixou o local cedinho-cedinho, provavelmente pensando "essa turma não nos representa".

Resultado: há várias mini-manifestações em São Paulo agendadas e algumas rolando nesse momento. Manifestações organizadas por pessoas que não conhecem nem as leis da gramática, quem dirá as leis do país.
Boatos: fascismo, golpe de estado, skinheads e neonazistas pela cidade.
Fato: Filhos da puta aproveitam as manifestações para saquear carros e lojas. 
Resumindo: o clima tá temso e o povo acha que tá serto.

terça-feira, 18 de junho de 2013

A cara da manifestação em São Paulo

Protestar, verbo pouco utilizado e praticado em terras tupiniquins é, quem diria, a mais nova moda no país!

Pude ir a um dos grandes atos que estão rolando em São Paulo, mais precisamente o quinto, e tanto presencialmente quanto pelas redes sociais, notei vários tipos e estereótipos de pessoas entre os participantes, o que gera uma boa lista:

- o cidadão comum (aquele acomodado)
- o cidadão pasteurizado (que só foi porque passou na Globo)
- gente de classe social alta (aparentemente)
- gente de classe social baixa (aparentemente)
- idosos
- estudantes universitários
- trabalhadores em geral
- militantes partidários (que foram hostilizados)
- pessoas gritando "conhecidência"
- pessoas gritando "coincidência"
- gente que estava lá pelos 20 centavos
- gente que não estava lá pelos 20 centavos
- esquerdista clássico (camiseta vermelha)
- esquerdista true (que só ele tem o direito de protestar)
- esquerdista indie (que já protestava bem antes de virar modinha)
- gente sensata
- gente baderneira
- pessoas com a máscara do Guy Fawkes
- repórteres da Globo com o microfone devidamente deslogomarcado
- pessoas com a cara coberta (o que fere a Constituição)
- bloco da quadrilha caipira (sim, eu vi isso!)
- pessoas segurando cartazes com ótimas sacadas
- pessoas segurando cartazes com erros grotescos de português

O que não consegui identificar foram direitistas em geral, que ou estava em casa ou estava à paisana.

Isso mostra que o povo finalmente se uniu por uma (ou várias) insatisfação, o que realmente é lindo!

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Vantagens e desvantagens de trabalhar em casa

De uns dias pra cá, comecei a trabalhar de casa. Para a mesma empresa, porém sem ter que me deslocar até o escritório. O que, como diria Celso Russomanno quando fazia o que sabe fazer de melhor, é bom para ambas as partes, pois a empresa economiza com alguns benefícios que me dava (VT e VR) e eu economizo tempo para meus frilas.

Com isso, notei que há várias coisas boas e ruins nesse sistema de home office, e aí vai uma listinha delas:

+ Se livrar de pegar trânsito e/ou transporte público lotado
+ Poder acordar até meia hora antes de começar a trabalhar
+ Poder dormir assim que acabar de trabalhar
+ Trabalhar de pijama e chinelos 
+ Almoçar a comida da mamãe em dez minutos e ter cinquenta livre para fazer o que der na telha
- Perder algumas histórias que ocorrem na inda e vinda do trabalho
- Menos contato social true
- A cadeira que temos em casa na mesa do computador sempre dá dor nas costas
- Ouvir por tabela os funkies dos vizinhos de mau gosto (que todo mundo tem)
- O ronco da minha cachorra dormindo nos meus pés me desconcentra

Daqui umas semanas ou eu amplio essa lista, crio outro post complementar ou não faço nada e o assunto morre. Veremos.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

As melhores bandas cover da noite de SP

Como escrevi um post há muuuuito tempo atrás criticando duas bandas covers que vi num bar de São Paulo, esse vai para citar algumas que valem o deslocamento e a grana paga. O negócio tá meio ruim, pois não consegui encontrar muitas que sejam dignas desse destaque.

- Kiss Cover Brasil
Os caras são totalmente performáticos, o que vai desde a maquiagem até pirotecnia, e na parte musical não deixam a desejar. Tocam na pegada que o Kiss original leva em seus shows ao vivo e o timbre de voz do Gene Simmons e do Paul Stanley da vez são incrivelmente idênticos aos dos originais.

- Teenage Lobotomy
Tudo bem que tocar Ramones é "fácil", mas o que esses caras fazem chega a impressionar de tão idêntido, não só no som como no visual.

- Scenes of a Dream
Tocar Dream Theater não é pra qualquer um. Tocar bem então, menos ainda! Mas os caras dessa banda mandam muito! O timbre do vocalista é ali com o de James LaBrie e o instrumental é pau a pau com os originais, principalmente nos sons da fase Portnoy (tudo menos um disco =).

- The Best Maiden Tribute – BR
Essa foi citada no outro texto. Depois de uma separação dos caras do Children of the Beast (que eu AINDA não vi nenhum show depois do ocorrido), essa surgiu na mesma pegada e é outra que impressiona tanto quanto os Ramones aí de cima pela semelhança tanto musical quanto performática.

- Zoombeatles
Tirando o inatingível All You Need Is Love e o pra lá de competente Beatles 4Ever, a Zoombeatles é a que você encontra nos bares de classic rock a um preço bem acessível. As apresentações são musical e visualmente ótimas. É um dos poucos Beatles Cover que arriscam tocar "Oh, Darling" e mandam ela bem. 

Parei por aqui. Se alguém tiver sugestões é só mandar nos comentários. Se você tem uma banda cover e acha que ela deveria estar na lista, é só fazer o convite que eu vou conferir (se rolar uma vipada a casa agradece!)

quinta-feira, 21 de março de 2013

Ringo Starr, o beatle injustiçado

Brincadeiras à parte (como a camiseta das baratas), é mais comum ouvir pessoas dizendo que Ringo Starr é um mau baterista do que declarando gostar de Beatles.

Quando alguém faz um comentário do tipo, eu, como baterista, pergunto logo "por quê?". A resposta é basicamente a mesma: "ah, ele faz coisas muito básicas, não parece ser difícil fazer o que ele faz".

Eu costumava responder dizendo que um baterista que influenciou tantos outros não pode ser ruim, que certas coisas que ele fez nos discos dos Beatles não são assim tão fáceis, que tocar os outros instrumentos na banda também não é difícil e coisas do tipo. Depois de tantas conversas semelhantes, cheguei à conclusão de que o povo confunde um bom baterista com um baterista habilidoso, e isso são coisas completamente diferentes.

Um jogador de futebol habilidoso que não passa a bola e nem faz gol não joga em time nenhum, prova disso é que nenhum vencedor de freestyle se tornou profissional dos campos e nem das quadras. Na música é a mesma coisa, um cara habilidoso que só quer fritar trezentas notas por segundo se torna chato. Um polirrítmico que consegue tocar com cada membro em um tempo diferente, faz melodias desconexas que soam estranho a quaisquer ouvidos.

Resumindo, é preciso saber tocar para a música assim como é preciso saber jogar para o time, e Ringo sabia muito bem fazer isso. Realmente era (e ainda é) pouco habilidoso com as baquetas e menos ainda com a voz (e ainda é também), mas colocou cada nota de seus tambores tão bem que nem Mike Portnoy, baterista conhecido por sua habilidade, as modifica quanto toca as músicas de Ringo na Yellow Matter Custard, sua banda cover de Beatles.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Coisas que irritam no trânsito

Como fazia tempo postava por aqui, nada melhor do que uma lista para retomar o blog, e como tenho ido para o trabalho de carro há cerca de um ano, comecei a prestar atenção nas coisas que mais me irritam quando estou lá, entre o banco e o volante, o que rendeu uma lista até com explicações/justificativas. 

- Farol desregulado do carro de trás 
Deixa qualquer um temporariamente cego. 

- Taxistas, os "profissionais do trânsito", que se acham verdadeiros pilotos e donos da rua 
Fazem várias barbaridades e acham ruim quando alguém reclama. 

- Semáforos dessincronizados 
Simplesmente irritam, ainda vou cronometrar quanto tempo fico parado neles para ir ao trabalho. 

- Motoqueiros que passam no corredor buzinando quando o trânsito está parado 
Com os carros andando, é compreensível, afinal, o ser pode estar no nosso ponto cego, mas com tudo parado? 

- Desgraçados que colam na traseira 
O trânsito tem um ritmo, colar na traseira do carro da frente não vai fazer os demais andarem mais. 

- Desgraçados que andam feito uma lesma 
Como dito no anterior, o trânsito tem um ritmo. 

- Ônibus elétricos Então, o trânsito tem o tal ritmo, né? 
Eles não o acompanham, são largos pra cacilds e andam ocupando duas faixas, sem contar quando os chifres escapam e o motorista tem que descer pra recolocar. 

- Marronzinhos que, ao invés de ajudar na fluência do trânsito, preferem aplicar multas 
Já aconteceu de eu passar por um semáforo quebrado e, quinhentos metros depois, um ser desses estar preenchendo freneticamente seu bloquinho, mas ele estava só "educando" os motoristas, né?