Conhece aquele velho deitado que fala sobre macacos? Que um senta em cima do rabo pra falar do rabo alheio? Esse lance dos desconfiados segue o mesmo princípio.
Não dizem que o brasileiro tem medo de ser passado pra trás justamente por gostar de levar vantagem em tudo e achar que estão fazendo o mesmo pra cima dele?
Seguindo esse raciocínio, uma pessoa que sempre desconfia que estão mentindo, é porque costuma mentir no seu dia a dia, logo, tem medo que façam o mesmo com ela. Isso chega a ser mágico, e quanto mais eu conheço pessoas, mais comprovo isso.
Eu, como era uma criança muito mentirosa (sim, inventava umas histórias que hoje eu não entendo como tinha gente que acreditava), presto atenção nessas coisas desde que me entendo por ser pensante. Eu era bem desconfiado até o meio da minha adolescência, depois, conforme fui parando de inventar histórias, comecei a acreditar mais nas pessoas, portanto falo por experiência própria!
Batata, o fulano tem medo de ser traído? Fato que trai ou traiu muito recentemente. A ciclana valoriza muito o caráter das pessoas que a cerca? Sinal que anda dando mancada feia com alguém. Beltrano tá sempre reclamando que os outros enrolam no trabalho? Pode prestar atenção que ele enrola mais ainda!
E o que que essas pessoas fazem quando desconfiam da verdade, exigem caráter ou reclamam dos outros? Sentam em cima do rabo!
É, esse velho deitado é preguiçoso, mas é bem sabido!
terça-feira, 25 de outubro de 2011
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Todo mundo é feliz no Facebook
Outro dia eu escrevi um texto sobre pessoas que vivem de aparências e, dias depois, me liguei que não há lugar melhor pra elas do que a rede social da vez, que hoje é o Caralivro!
Claro que o Facebook tem suas utilidades. E-mails de piadinhas, por exemplo, já era, é tudo ali na timeline. Tá vendendo alguma coisa? Bota ali que o povo repassa e você atinge mais gente do que anúncio em jornal. Quer ter notícias sobre sua banda/série/artista favorita? Curta a página delas que você receberá várias.
Mas junto a tudo isso temos a base de uma rede social: pessoas, seres que vestem suas máscaras de "eu sou assim" no momento do login e dão início ao show de coisas bonitas.
Nas fotos dos álbuns, todo mundo está sorrindo, em lugares bacanas, com pessoas legais, roupas que definem, ou não, o estilo que a que o dono da foto quer dizer que tem e tudo o mais.
Se um infeliz posta uma foto em que alguém está com os olhos fechados, coçando o nariz, tomando um chá com o dedinho levantado, assoprando um pedaço de pizza quente, ou fazendo qualquer bizarrice, o ser bizarro em questão vai lá, clica para não aparecer a tal foto no seu perfil, desmarca, ou até denuncia a imagem e tudo continua lindo na sua página!
As frases de status? Só coisa boa! É a contagem regressiva pro show do ingresso que foi comprado, o partiu restaurante caro, a balada que se está a caminho com fulano, ciclano e beltrano, tudo gente boa! No dia seguinte? O show foi ótimo, o restaurante é divino e a balada foi muito locaaaa!!!
Claro que ninguém vai fazer um perfil num Facebook da vida pra explicitar ao mundo as desgraças que acontecem na vida (tá, até tem gente que faz isso, mas são poucos), mas é engraçado como as pessoas fazem questão de dizer que tudo que está ao seu redor é maravilhoso.
Claro que o Facebook tem suas utilidades. E-mails de piadinhas, por exemplo, já era, é tudo ali na timeline. Tá vendendo alguma coisa? Bota ali que o povo repassa e você atinge mais gente do que anúncio em jornal. Quer ter notícias sobre sua banda/série/artista favorita? Curta a página delas que você receberá várias.
Mas junto a tudo isso temos a base de uma rede social: pessoas, seres que vestem suas máscaras de "eu sou assim" no momento do login e dão início ao show de coisas bonitas.
Nas fotos dos álbuns, todo mundo está sorrindo, em lugares bacanas, com pessoas legais, roupas que definem, ou não, o estilo que a que o dono da foto quer dizer que tem e tudo o mais.
Se um infeliz posta uma foto em que alguém está com os olhos fechados, coçando o nariz, tomando um chá com o dedinho levantado, assoprando um pedaço de pizza quente, ou fazendo qualquer bizarrice, o ser bizarro em questão vai lá, clica para não aparecer a tal foto no seu perfil, desmarca, ou até denuncia a imagem e tudo continua lindo na sua página!
As frases de status? Só coisa boa! É a contagem regressiva pro show do ingresso que foi comprado, o partiu restaurante caro, a balada que se está a caminho com fulano, ciclano e beltrano, tudo gente boa! No dia seguinte? O show foi ótimo, o restaurante é divino e a balada foi muito locaaaa!!!
Claro que ninguém vai fazer um perfil num Facebook da vida pra explicitar ao mundo as desgraças que acontecem na vida (tá, até tem gente que faz isso, mas são poucos), mas é engraçado como as pessoas fazem questão de dizer que tudo que está ao seu redor é maravilhoso.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Teorias do How I Met Your Mother - Crazy Eyes
A teoria mais precisa do How I Met Your Mother (se você não começou a assistir ainda, nem tenho o que dizer) é a abordada no texto de hoje: crazy eyes!
Olhos malucos nada mais é do que uma maneira de ilustrar e classificar um comportamento feminino (tá, pode ser masculino também) de forma a deixar a coisa mais engraçada para a série.
O lance é o seguinte: um cara fica tão a fim de uma garota a ponto de não enxergar certas coisas, mas seus amigos, que não estão nem um pouco envolvidos com ela, sacam de primeira e dizem que ela tem os olhos malucos... “Dude, the eyes... they are crazy!”.
Na vida real não é algo que se nota só de olhar no rosto da garota, mas sim no comportamento. Uma mulher com crazy eyes faz de tudo para o homem, se mostra totalmente apaixonada com um contato mínimo, faz surpresas, o agrada, fica totalmente disponível e disposta pra ele. Deu pra sacar o motivo pelo qual o cara não enxerga os “olhos malucos”?
Qualquer homem normal fica encantado com isso, se julga o cara mais sortudo do mundo! E se algum amigo tenta avisar, ah, sem dúvida, só pode ser inveja!
A partir daí temos duas possibilidades: o cara cai na real e vê que a garota está demasiadamente grudada, envolvida e possessiva, na qual o resultado é uma puta dor de cabeça pra se livrar da menina (o que acontece na série).
E a possibilidade dois: ele se envolve emocionalmente e a situação com a dita-cuja se inverte, ele que fica bobo por ela e ela o tem na mão (essa é teoria minha). Com isso, conclui-se que em ambos os casos o resultado é o mesmo: problemas.
Ao contrário do que pode-se pensar, isso é bem comum e, no final das contas, é possível dizer que todos passam por pelo menos uma experiência com crazy eyes na vida.
Olhos malucos nada mais é do que uma maneira de ilustrar e classificar um comportamento feminino (tá, pode ser masculino também) de forma a deixar a coisa mais engraçada para a série.
O lance é o seguinte: um cara fica tão a fim de uma garota a ponto de não enxergar certas coisas, mas seus amigos, que não estão nem um pouco envolvidos com ela, sacam de primeira e dizem que ela tem os olhos malucos... “Dude, the eyes... they are crazy!”.
Na vida real não é algo que se nota só de olhar no rosto da garota, mas sim no comportamento. Uma mulher com crazy eyes faz de tudo para o homem, se mostra totalmente apaixonada com um contato mínimo, faz surpresas, o agrada, fica totalmente disponível e disposta pra ele. Deu pra sacar o motivo pelo qual o cara não enxerga os “olhos malucos”?
Qualquer homem normal fica encantado com isso, se julga o cara mais sortudo do mundo! E se algum amigo tenta avisar, ah, sem dúvida, só pode ser inveja!
A partir daí temos duas possibilidades: o cara cai na real e vê que a garota está demasiadamente grudada, envolvida e possessiva, na qual o resultado é uma puta dor de cabeça pra se livrar da menina (o que acontece na série).
E a possibilidade dois: ele se envolve emocionalmente e a situação com a dita-cuja se inverte, ele que fica bobo por ela e ela o tem na mão (essa é teoria minha). Com isso, conclui-se que em ambos os casos o resultado é o mesmo: problemas.
Ao contrário do que pode-se pensar, isso é bem comum e, no final das contas, é possível dizer que todos passam por pelo menos uma experiência com crazy eyes na vida.
Marcadores:
comportamento,
homem,
mulher,
série de tv; how i met your mother,
televisão
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Sede não é nada, imagem é tudo!
Não, isso não é um texto sobre publicidade, a coisa aqui é comportamento mesmo, sobre pessoas que fazem de tudo pra passarem uma imagem positiva delas mesmas. Em outras palavras, que vivem de aparências.
Como a grande maioria dos defeitos, essas pessoas não assumem que se preocupam com o que os outros pensam delas, assim como ninguém assume que é interesseiro, fofoqueiro, falso, prepotente e outras coisas do tipo. Aliás, a questão muitas vezes não é nem assumir, e sim se dar conta.
O problema de quem vive de imagem é que acaba agregando outros defeitos a si, pois para manter as aparências, conta vantagens, prejudica pessoas próximas (que conhecem as verdades), acaba sendo falsa pra passar a ideia de que está tudo bem (afinal, ter inimigos é feio) e, quando a omissão não basta, mente.
Pessoas assim inventam desculpas pra tudo. Se as finanças apertaram a ponto de ela ter que deixar o carro em casa e ir trabalhar com transporte público, vai falar que é porque não pega trânsito, pois o ônibus passa rapidinho, nem fica no ponto esperando! Porque o metrô é do lado de casa, coisa e tal.
Se faz uma viagem pro exterior e só teve grana pra bancar albergues da juventude, geralmente omite essa parte e, se assume, não é um albergue qualquer, aliás, nem chama de albergue, é hostel (no inglês é mais chique, né?), e com poucas pessoas no quarto, todas extremamente educadas, silenciosas e que sempre deixam o banheiro livre. Lembrancinhas? Todos ganham, até os inimigos!
É bem delicado lidar com esse tipo de pessoa, que pode se portar como amiga num contexto que convém, e te virar a cara em outro que julgue que você não faz bem pra imagem dela.
Como identificar isso? Difícil. Difícil pra cacete, geralmente só conhecendo de perto, o que é quase impossível.
Como a grande maioria dos defeitos, essas pessoas não assumem que se preocupam com o que os outros pensam delas, assim como ninguém assume que é interesseiro, fofoqueiro, falso, prepotente e outras coisas do tipo. Aliás, a questão muitas vezes não é nem assumir, e sim se dar conta.
O problema de quem vive de imagem é que acaba agregando outros defeitos a si, pois para manter as aparências, conta vantagens, prejudica pessoas próximas (que conhecem as verdades), acaba sendo falsa pra passar a ideia de que está tudo bem (afinal, ter inimigos é feio) e, quando a omissão não basta, mente.
Pessoas assim inventam desculpas pra tudo. Se as finanças apertaram a ponto de ela ter que deixar o carro em casa e ir trabalhar com transporte público, vai falar que é porque não pega trânsito, pois o ônibus passa rapidinho, nem fica no ponto esperando! Porque o metrô é do lado de casa, coisa e tal.
Se faz uma viagem pro exterior e só teve grana pra bancar albergues da juventude, geralmente omite essa parte e, se assume, não é um albergue qualquer, aliás, nem chama de albergue, é hostel (no inglês é mais chique, né?), e com poucas pessoas no quarto, todas extremamente educadas, silenciosas e que sempre deixam o banheiro livre. Lembrancinhas? Todos ganham, até os inimigos!
É bem delicado lidar com esse tipo de pessoa, que pode se portar como amiga num contexto que convém, e te virar a cara em outro que julgue que você não faz bem pra imagem dela.
Como identificar isso? Difícil. Difícil pra cacete, geralmente só conhecendo de perto, o que é quase impossível.
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Teorias do How I Met Your Mother - As Azeitonas
Se você não assiste How I Met Your Mother (comece agora!), não tem problema, as teorias citadas na série são precisas (principalmente as do Barney), e talvez lê-las aqui te despertará o interesse em assistir, pena que aí já vão ter rolado alguns spoilers.
Não vou citar as teorias em ordem de aparição, essa primeira é só uma coincidência, pois está no episódio piloto da série.
Num casal, tudo tem que ser equilibrado, e um exemplo disso é o gosto por azeitonas. Ele não gosta, ela sim, logo, ela come as azeitonas que ele deixa no prato, ambos se completam, lindo!
O legal dessa teoria é que ela é a primeira a ser apresentada, e, que eu me lembre, a única a ser contrariada, e é exatamente o contrariar dela que é o segredo de um relacionamento: fazer coisas que não gosta pra agradar o outro.
Claro que isso tem um limite, afinal, ninguém é obrigado a comer jiló porque o outro tem uma tara, o ponto é que fazer coisas pela pessoa amada acaba sendo prazeroso, mesmo sendo algo que não te agrade.
No episódio, o cara diz não gostar de azeitonas, mas na verdade ele adora e fingiu não gostar por anos só pra agradar a namorada e mostrar aos outros que eles eram um casal harmonioso, que um completava o outro. Aliás, tenho um texto pronto sobre preocupação com o que os outros pensam sobre si... quem sabe um dia o publico.
Não vou citar as teorias em ordem de aparição, essa primeira é só uma coincidência, pois está no episódio piloto da série.
Num casal, tudo tem que ser equilibrado, e um exemplo disso é o gosto por azeitonas. Ele não gosta, ela sim, logo, ela come as azeitonas que ele deixa no prato, ambos se completam, lindo!
O legal dessa teoria é que ela é a primeira a ser apresentada, e, que eu me lembre, a única a ser contrariada, e é exatamente o contrariar dela que é o segredo de um relacionamento: fazer coisas que não gosta pra agradar o outro.
Claro que isso tem um limite, afinal, ninguém é obrigado a comer jiló porque o outro tem uma tara, o ponto é que fazer coisas pela pessoa amada acaba sendo prazeroso, mesmo sendo algo que não te agrade.
No episódio, o cara diz não gostar de azeitonas, mas na verdade ele adora e fingiu não gostar por anos só pra agradar a namorada e mostrar aos outros que eles eram um casal harmonioso, que um completava o outro. Aliás, tenho um texto pronto sobre preocupação com o que os outros pensam sobre si... quem sabe um dia o publico.
Marcadores:
comportamento,
série de tv; how i met your mother,
televisão
Assinar:
Postagens (Atom)