Quem já escreveu alguma coisa na vida sabe que não dá pra mostrar o texto pra alguém antes de ao menos relê-lo. É nessa relida que se pega principalmente erros de digitação, concordância, palavras que insistem em reaparecer num mesmo parágrafos e outras coisas do tipo. Mas do jeito que a revisão pode salvar um texto, ela também pode arruiná-lo.
No meu caso, quando eu releio algo logo depois de ter escrito, vejo como se tudo estivesse perfeito, muitas vezes nem erro de digitação eu pego, mas vira-e-mexe eu resolvo mudar algo de lugar, e é aí que mora o maior perigo, e eu não sou o único que bate em sua porta.
É quando se faz esse tipo de coisa que acontecem erros como o citado neste Erramos abaixo, da Folha de S.Paulo, que foi o primeiro jornal que assumiu suas bolas-fora numa seção, pelo que me lembro.
TIRADENTES
Diferentemente do que foi publicado no texto “Artistas ‘periféricos’ passam despercebidos”, à pág. 5-3 da edição de ontem da Ilustrada, Jesus não foi enforcado, mas crucificado. (7.dez.94)
O que funciona bem para mim é revisar certo tempo depois que o texto foi escrito, coisa de um mês ou mais. Essa é, inclusive, a estratégia que eu uso quando escrevo contos ou (começo) livros, mas ela não rola para blogar, pois deixar um texto guardado por muito tempo acaba deixando ele datado, principalmente em relação à empolgação do momento em que ele foi escrito.
E, só pra constar, esse texto não foi revisado e pretendo nem relê-lo para não ficar com vontade de arrumá-lo.
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Minha vida tem um sério problema de timing
Eehh, acho que esse blog tem ficado muito pessoal, meio como era o conceito quando um cidadão teve uma ideia, digitou uns códigos html e criou o primeiro blog, mas como a ideia é escrever sobre o que vem à cabeça, vamos lá!
Esses dias me dei conta que timing não é algo com que eu costumo ter sorte. Para esclarecer, vou citar alguns exemplos. Você pode imaginar um "d'oh" do Hommer ao final de cada um.
Eu tinha uns doze anos, chega um amigo meu e diz:
"Pô, e a peneira do SPFC no campo aqui do bairro? Eles estavam precisando de goleiros e você é bem melhor do que qualquer um dos que foram lá, só que a peneira acabou ontem!"
Mais ou menos aos treze, escolhi estrategicamente um dia para faltar na escola. No dia seguinte, quando chego lá:
"Maluco, ontem teve aula de educação sexual e quem deu foi a substituta gostosa!"
Aos dezenove, mais ou menos, um chegado que era da mesma faculdade, mas não do mesmo curso:
"Cara, abriu um estágio lá no trampo, a bolsa é boa pra kct e trabalha só seis horas, só que fecharam a vaga semana passada"
Esses dias, no trabalho, volto do almoço e alguns minutos depois entram pela porta:
"Gente, vocês não sabem quem está lá embaixo no café! A Ellen Roche!"
E o que me fez concluir e prestar atenção nisso:
Chamo uma das garotas mais bonitas e interessantes que conheci para sair pela segunda vez e:
"Pô, Fernando, timing não é o nosso forte! Da outra vez que você me convidou eu namorava, aí fiquei um tempão solteira e você namorando, agora que você está solteiro eu estou começando um namoro..."
É, meu amigo, será que algum dia eu estarei no lugar certo e na hora certa? Aguardemos!
Esses dias me dei conta que timing não é algo com que eu costumo ter sorte. Para esclarecer, vou citar alguns exemplos. Você pode imaginar um "d'oh" do Hommer ao final de cada um.
Eu tinha uns doze anos, chega um amigo meu e diz:
"Pô, e a peneira do SPFC no campo aqui do bairro? Eles estavam precisando de goleiros e você é bem melhor do que qualquer um dos que foram lá, só que a peneira acabou ontem!"
Mais ou menos aos treze, escolhi estrategicamente um dia para faltar na escola. No dia seguinte, quando chego lá:
"Maluco, ontem teve aula de educação sexual e quem deu foi a substituta gostosa!"
Aos dezenove, mais ou menos, um chegado que era da mesma faculdade, mas não do mesmo curso:
"Cara, abriu um estágio lá no trampo, a bolsa é boa pra kct e trabalha só seis horas, só que fecharam a vaga semana passada"
Esses dias, no trabalho, volto do almoço e alguns minutos depois entram pela porta:
"Gente, vocês não sabem quem está lá embaixo no café! A Ellen Roche!"
E o que me fez concluir e prestar atenção nisso:
Chamo uma das garotas mais bonitas e interessantes que conheci para sair pela segunda vez e:
"Pô, Fernando, timing não é o nosso forte! Da outra vez que você me convidou eu namorava, aí fiquei um tempão solteira e você namorando, agora que você está solteiro eu estou começando um namoro..."
É, meu amigo, será que algum dia eu estarei no lugar certo e na hora certa? Aguardemos!
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
O poder do querer é prejudicial
O título desse post se refere ao geral porque acho impossível que isso aconteça só comigo.
Querer muito algo geralmente afasta o seu objetivo de você, e isso se aplica a várias coisas, por exemplo:
O fulano quer muito um emprego na Ferrari, até que um dia ele é chamado para uma entrevista. A ânsia de trabalhar lá é tanta que ele se prepara com dias de antecedência, estuda a história da marca (que ele sabe desde sempre), o mercado que eles atingem, o perfil dos profissionais e compra até um gel novo pra passar no cabelo, mas quando esse dia chega, ele dá um aperto de mãos frouxo, fala um monte de abobrinhas, sua que nem um porco e o gel que ele comprou se mostra uma verdadeira manteiga, deixando o cabelo todo ensebado.
Claro que ele não passa nem para a próxima fase do processo seletivo, mas a entrevista que ele fez dias antes, numa empresa q ele nem conhecia, e foi sem nem fazer a barba, dá resultado e ele é chamado para começar imediatamente.
O mesmo acontece no campo amorrelacionamental (amoroso + relacionamento + sentimental).
O cidadão está muito a fim de uma garota, afinal, segundo seus olhos, ela desliza. Com muito custo, ele faz contato e ela retribui! Ele consegue se mostrar simpático, interessante, divertido e tudo o mais, e ela se mostra ainda mais simpática, interessante, divertida e tudo o mais do que ele sequer conseguia imaginar. Aí começa o problema, como chegar nela? Usa uma conversinha besta ou espera a coisa rolar naturalmente?
Das duas uma, ou ele usa a conversinha besta de modo esdrúxulo e a garota simplesmente diz não, ou deixa rolar naturalmente e a parada não acontece nunca. Aquela outra que ele nem ligava e convidou pra sair por não ter mais o que fazer? Essa vira namorada.
sábado, 4 de agosto de 2012
O esporte na TV e o sinal puro
Infelizmente a narração esportiva é um mal que domina o mundo. É uma pessoa responsável por falar o que você já vê e outro (ou outros) por comentar o que geralmente você não quer ouvir.
Galvões Buenos à parte, o maior problema das narrações é que elas encobrem todos os sons dos esportes, e uma das maiores diferenças entre ver um evento esportivo pela TV e ao vivo é justamente esse, o som.
A comunicação entre os atletas, tanto entre si quanto com seus técnicos, o som da bola sendo chutada, arremessada, cortada, rebatida, o impacto entre os atletas e seus adversários ou com o chão, o barulho estranho de uma contusão, o grito urrado de uma comemoração, tudo coisas que a gente não ouve assistindo pela televisão, a não ser que você tenha um sinal puro.
Sinal puro é o termo técnico para uma transmissão sem narração, onde você ouve todos esses sons descritos acima, mais a torcida e ainda outros mais difíceis de se descrever ou até de se notar.
Como ter o tal sinal puro? Só contando com uma falha na transmissão de algum canal estrangeiro, o que acontece frequentemente com a RAI, ou vendo os esportes menos populares da olimpíada pelo Terra. Nesse caso, corra, pois só resta uma semana para o fim dos jogos e então essa ótima opção voltará à dependência da RAI falhar.
Galvões Buenos à parte, o maior problema das narrações é que elas encobrem todos os sons dos esportes, e uma das maiores diferenças entre ver um evento esportivo pela TV e ao vivo é justamente esse, o som.
A comunicação entre os atletas, tanto entre si quanto com seus técnicos, o som da bola sendo chutada, arremessada, cortada, rebatida, o impacto entre os atletas e seus adversários ou com o chão, o barulho estranho de uma contusão, o grito urrado de uma comemoração, tudo coisas que a gente não ouve assistindo pela televisão, a não ser que você tenha um sinal puro.
Sinal puro é o termo técnico para uma transmissão sem narração, onde você ouve todos esses sons descritos acima, mais a torcida e ainda outros mais difíceis de se descrever ou até de se notar.
Como ter o tal sinal puro? Só contando com uma falha na transmissão de algum canal estrangeiro, o que acontece frequentemente com a RAI, ou vendo os esportes menos populares da olimpíada pelo Terra. Nesse caso, corra, pois só resta uma semana para o fim dos jogos e então essa ótima opção voltará à dependência da RAI falhar.
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