Férias são para descansar, certo? Certo. Viagem cansa, certo? Certo. Mas por quê que quando a nós tiramos férias e não viajamos, nos sentimos como se não as tivéssemos tirado?
Nem é preciso dizer que férias passam rápido e que com viagem, mais rápido ainda, mas no final das contas a gente acaba tendo uma sensação de espairecimento, mesmo que a gente tenha viajado um mero final de semana prolongado.
Quando tiramos férias sem viagem sempre decidimos que vamos colocar em dia tudo o que tínhamos a fazer e íamos adiando, mas a coisa acaba funcionando da seguinte forma:
O primeiro dia, que passa bem lento, é o que pegamos algo pra fazer, fazemos, e deixamos as outras coisas para os dias que estão por vir, pois temos a sensação de que as férias rendem mais.
No segundo dia, fazemos algo mais, mas não tudo o que precisávamos. No terceiro, descansamos, afinal, estamos de férias e não estamos aproveitando-as como deveríamos, só que o problema é que gostamos disso e acabamos por não fazer praticamente mais nada nos dias que nos restam até voltarmos ao trabalho, com o detalhe que esses dias passam voando e, quando voltamos, nem temos a sensação de ter descansado.
Quando viajamos, temos o que conversar com os colegas de trabalho e até com os chefes (sim, no plural, afinal, se fosse bom a gente teria só um e bem longe) no retorno ao batente, até com amigos e parentes que encontraremos nos próximos meses, principalmente se a viagem em questão for internacional, mesmo que seja para o Paraguai para comprar muamba.
Enfim, férias boas são férias viajadas, mas como de quatro em quatro anos as minhas já têm compromisso, ano que vem a única viagem que poderei vir a fazer será para a África do Sul... muito pouco provável, logo, estarei em casa novamente.
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