...na forma que a ferramente foi concebida.
Hoje existem blogs que na prática são grandes portais, com várias subdivisões, estrutura de site e tudo o mais, mas como eles estão numa plataforma Blogger ou Wordpress, são ainda considerados blogs.
Esses aí são um sossego! Escritos de forma neutra ou com uma equipe para escrever pelo dono, geralmente têm textos mais informativos do que opinativos e quase nunca comprometem o autor. Mas aquele negócio mais intimista, recheado com opiniões pessoais, relatos do cotidiano, medos e vontades do blogueiro, como esse que vossa pessoesa lê, é um perigo!
Vira-e-mexe me pego escrevendo algo influenciado por uma situação que estou vivendo, mas às vezes me dá um estalo: se colocar o texto no ar, a pessoa que me fez chegar à tal situação o lerá e isso me exporá de forma injusta, podendo até ser interpretado como indireta ou como forma de atingir tal pessoa.
Isso causa várias modificações ou banhos maria em textos que geralmente nem chegam a ser publicados ou vão à luz tão modificados que nem lembram sua primeira forma.
Um dia, quem sabe, crio uma seção para publicar esses textos depois de terem seus temas esfriados.
quarta-feira, 18 de julho de 2012
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Ansiedade, um problema que eu não tenho
Nada melhor do que ler para se inspirar a escrever, e lendo um blog de uma amiga, cheguei a um texto no qual ela se queixa por ser ansiosa, o que na grande maioria das vezes, eu não sou.
Certa vez, eu ia tocar num bar lá da Augusta. Estava na plateia com um amigo e a banda que abria o nosso show anunciou que a próxima seria a última música, então meu amigo vira pra mim e diz empolgado "e aí, já tá com aquele friozinho na barriga?". Eu só respondi que nunca rolou isso e ele ficou inconformado: "você não sente nada? Aaaaaahhh, que chato!".
Não tive muito a quem puxar na minha família, pois meu pai, se tem uma consulta médica marcada para dez da manhã, acorda às seis, faz o e toma o café da manhã e fica simplesmente esperando dar nova horas, que é "um horário bom pra sair e não chegar em cima da hora". No fim das contas, com o relógio passando um pouco das oito e meia, ele já está saindo. Quanto tempo demora de casa até o médico? No máximo meia hora.
Outro dia fui prestar um concurso público. Era recomendado chegar às oito da manhã, pois os portões se fechariam às oito e meia, então minha programação era acordar às sete, tomar café e sair, pois em vinte minutos eu estaria lá. Mas eis que, no meio do meu sono, sou acordado pelo meu pai me fazendo a seguinte pergunta: "Fernando... Fernando... você não perdeu a hora não?".
No tempo de eu esticar o braço para acender o celular e ver a hora, pensei numa pá de coisas:
- Será que o despertador não tocou?
Certa vez, eu ia tocar num bar lá da Augusta. Estava na plateia com um amigo e a banda que abria o nosso show anunciou que a próxima seria a última música, então meu amigo vira pra mim e diz empolgado "e aí, já tá com aquele friozinho na barriga?". Eu só respondi que nunca rolou isso e ele ficou inconformado: "você não sente nada? Aaaaaahhh, que chato!".
Não tive muito a quem puxar na minha família, pois meu pai, se tem uma consulta médica marcada para dez da manhã, acorda às seis, faz o e toma o café da manhã e fica simplesmente esperando dar nova horas, que é "um horário bom pra sair e não chegar em cima da hora". No fim das contas, com o relógio passando um pouco das oito e meia, ele já está saindo. Quanto tempo demora de casa até o médico? No máximo meia hora.
Outro dia fui prestar um concurso público. Era recomendado chegar às oito da manhã, pois os portões se fechariam às oito e meia, então minha programação era acordar às sete, tomar café e sair, pois em vinte minutos eu estaria lá. Mas eis que, no meio do meu sono, sou acordado pelo meu pai me fazendo a seguinte pergunta: "Fernando... Fernando... você não perdeu a hora não?".
No tempo de eu esticar o braço para acender o celular e ver a hora, pensei numa pá de coisas:
- Será que o despertador não tocou?
- Como perdi a hora se o meu quarto está totalmente escuro?
- É, posso mesmo ter perdido a hora, afinal, fui dormir às 4 da manhã
- Tô com fome
Até que olho no celular e vejo que "já" eram cinco horas. Não lembro exatamente o que respondi, mas sei que disse algo de forma estúpida, me virei e tentei dormir novamente, o que foi impossível.
Acho que o que me fez ser assim foi justamente o fato de ver como o meu pai sofre com a sua ansiedade e como isso não o ajuda em nada, muito pelo contrário. Já até comentei com ele que é sorte ter um coração saudável, senão já teria partido pra outra faz é tempo.
- É, posso mesmo ter perdido a hora, afinal, fui dormir às 4 da manhã
- Tô com fome
Até que olho no celular e vejo que "já" eram cinco horas. Não lembro exatamente o que respondi, mas sei que disse algo de forma estúpida, me virei e tentei dormir novamente, o que foi impossível.
Acho que o que me fez ser assim foi justamente o fato de ver como o meu pai sofre com a sua ansiedade e como isso não o ajuda em nada, muito pelo contrário. Já até comentei com ele que é sorte ter um coração saudável, senão já teria partido pra outra faz é tempo.
domingo, 8 de julho de 2012
Como blogar e trabalhar ao mesmo tempo?
Desde o dia em que criei esse blog, uma coisa percebi: a frequência das postagens varia de acordo com o meu trabalho oficial, por assim dizer.
Quando publiquei o primeiro texto, fazia a função 1 na empresa X, e era uma beleza! Tinha post novo diariamente e qualquer besteirinha que via no dia-a-dia era o suficiente para me inspirar a escrever algo, mesmo que ninguém lesse, até o dia que passei para a função 2 na mesma empresa X.
Trabalho semi-novo pode não precisar do mesmo tempo de adaptação do que um zero quilômetro, mas ainda assim precisei me concentrar na nova rotina profissional por um tempo, o que fez o blog ficar meio de lado e acabou influenciando numa desempolgação e uma pausa de mais ou menos um ano.
Adaptado à já não tão nova função e inspirado por uma mudança significativa na minha vida, retomei a publicação de textos e foi a melhor fase do blog, tanto no conteúdo quanto na repercussão. Acabou que voltei para a função 1, o que não exigiu adaptação e logo em seguida entrei no passaralho (gíria que nunca tinha ouvido até então) da empresa e fiquei em casa por uns meses, o que me fez continuar escrevendo até que fui contratado na empresa Y para a função 3, completamente diferente da 1 e da 2, exigindo uma dedicação nem mais nem menos puxada, apenas diferente e o suficiente para tirar o meu foco do blog mais uma vez, postando esporadicamente um texto ou outro.
Agora acredito estar adaptado à tal função 3 na empresa Y e pretendo voltar a postar com certa frequência por aqui. Inspiração não falta, a única diferença em relação ao início do blog é que agora eu tenho que tomar mais cuidado com o que escrevo... confesso que quando ninguém lia, essa parte era bem mais fácil.
Quando publiquei o primeiro texto, fazia a função 1 na empresa X, e era uma beleza! Tinha post novo diariamente e qualquer besteirinha que via no dia-a-dia era o suficiente para me inspirar a escrever algo, mesmo que ninguém lesse, até o dia que passei para a função 2 na mesma empresa X.
Trabalho semi-novo pode não precisar do mesmo tempo de adaptação do que um zero quilômetro, mas ainda assim precisei me concentrar na nova rotina profissional por um tempo, o que fez o blog ficar meio de lado e acabou influenciando numa desempolgação e uma pausa de mais ou menos um ano.
Adaptado à já não tão nova função e inspirado por uma mudança significativa na minha vida, retomei a publicação de textos e foi a melhor fase do blog, tanto no conteúdo quanto na repercussão. Acabou que voltei para a função 1, o que não exigiu adaptação e logo em seguida entrei no passaralho (gíria que nunca tinha ouvido até então) da empresa e fiquei em casa por uns meses, o que me fez continuar escrevendo até que fui contratado na empresa Y para a função 3, completamente diferente da 1 e da 2, exigindo uma dedicação nem mais nem menos puxada, apenas diferente e o suficiente para tirar o meu foco do blog mais uma vez, postando esporadicamente um texto ou outro.
Agora acredito estar adaptado à tal função 3 na empresa Y e pretendo voltar a postar com certa frequência por aqui. Inspiração não falta, a única diferença em relação ao início do blog é que agora eu tenho que tomar mais cuidado com o que escrevo... confesso que quando ninguém lia, essa parte era bem mais fácil.
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