Fico fulo da vida quando vejo uma pessoa que quer montar uma banda e procura músicos que sejam tão fanáticos quanto ela a um determinado estilo.
Outro dia um cara chegou pra mim com a seguinte proposta: "estou montando uma banda de Power Metal e só tá faltando o baterista, porque tá difícil arrumar um que aguente o tranco, tá a fim?". Recusei instantaneamente. Primeiro porque o conceito de Power Metal de hoje se resume em tocar o mais rápido possível, com levadas de bateria somente com bumbo duplo e um cara que pensa que é uma soprano nos vocais.
Sem querer criticar o estilo, mas isso não me agrada, e me agrada menos ainda querer que uma banda já nasça dentro de uma fórmula manjada.
Para montar uma banda é preciso encontrar, antes de qualquer coisa, amigos. O gosto de cada um é o que menos importa, pois é a convivência que vai definir se a coisa funcionará ou não. Se todos se derem bem, souberem ceder e apresentar suas ideias, a chance de dar certo é muito grande, sem contar que provavelmente um novo estilo será criado e todos estarão felizes em colaborar com algo realmente próprio, sem limites e livre de classificações.
Prova disso é uma banda que eu fiz um frila chamada Lunatik. O gosto de cada músico ali é diverso, a forma de compor é bem democrática. O resultado? Canções bacanas de um estilo próprio que não tem classificação. Confira com os próprios ouvidos clicando aqui.
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